Para o cofundador da G4 Educação, eficiência continua sendo a premissa central das estratégias vencedoras e a IA como protagonista da inovação – que busca sempre o baixo custo
O maior evento de varejo do mundo, a National Retail Federation (NRF), realizado em Nova York (EUA), destacou inovações que devem dominar o setor neste ano. Retail media, inteligência artificial e mudanças de consumo foram os destaques. Presente em mais uma edição do evento global, o cofundador da G4 Educação e sócio e VP da VTEX, Alfredo Soares, compartilhou seus insights sobre a feira, que reuniu dezenas de milhares de empreendedores e especialistas no setor – sendo muitos deles brasileiros.
“Por mais que muitas pessoas falam que a feira é sempre mais do mesmo, as discussões são necessárias para avançar nos conceitos, tendências e futuro. São debates que, mesmo que parecidos, vão ganhando forma e transformação de acordo com novos recursos, experiências e momentos”, defendeu Soares, que classificou o papel dos gestores na NRF:
- Consumir a informação e traduzir para realidade de seu negócio;
- Priorizar ações aplicáveis;
- Transmitir informações para seu respectivo time;
- Documentar highlights;
- Compartilhar informações com fornecedores;
- Fazer networking.
Ao todo, a NRF reuniu mais de 40 mil pessoas para debater o futuro do varejo. O Brasil foi a segunda maior delegação, com 4 mil representantes e 25 empresas expositoras. Com uma agenda repleta de compromissos e percepções sobre os três dias de NRF, Alfredo Soares enumerou suas considerações. Para o executivo, o setor deve ouvir mais o cliente com foco nos resultados:
- Não é momento de inventar moda, mas intensificar aquilo que as empresas dominam. O custo de inovação está alto demais;
- Eficiência segue sendo a premissa central das estratégias vencedoras;
- Inovação é baixar custo. Ano passado se falava em ter caixa, agora se fala em cortar custos: reduzir processo, buscar eficiência com foco e simplicidade;
- Liderança que inspira: o desafio do abismo intelectual de quem cria estratégia e quem entrega na ponta é muito grande. Isso faz com que os líderes do varejo precisem se comunicar bem e “contagiar” a ponta;
- Inteligência artificial é a protagonista do varejo eficiente. Porém, o que mudou são as discussões do que será possível pelo que foi realizado.
- Atendimento é ferramenta para LTV. Discussões sobre como atender as multigerações em multicanais seguem fortes;
- Omnichannel é um capítulo que está perdendo espaço para o Unify Commerce. O desafio está sendo na unificação de informação e canal;
- Conteúdo commerce: saída para chamar, prender e gerar maior interesse do consumidor;
- A era dos micromomentos: a vitória é seu cliente postar antes mesmo de comprar;
- Colaboração além de produtos: as marcas estão se unindo para otimizar operações, compartilhar clientes e vender juntas. Atrair o cliente é sobre ser interessante e gerar valor. A conta precisa fechar e esse é um caminho para quem está tirando a marca do pedestal;
- Retail mídia como solução matemática: o varejo não é negócio de Powerpoint – é um negócio de planilha;
- As empresas que mais cresceram são as de benefícos ou cashback. Fidelizar o cliente está caro e as companhias estão se unindo para gerar valor. Criar benéfico nunca esteve tanto na moda.