Abrafrutas aponta manga, melão e abacate como as frutas preferidas do mercado internacional
As exportações de frutas aumentaram 23,5% em 2023, em receita, atingindo US$ 1,34 bilhão. Em termos de volume, registrou aumento de 6%, equivalentes ao envio de mais de um milhão de toneladas de frutas para o mercado internacional, segundo a Abrafrutras.
Os problemas climáticos no Peru, Equador e Espanha também foram oportunidade para as frutas brasileiras. “Embora o Brasil seja o terceiro maior produtor mundial de frutas, atrás apenas da China e da Índia, suas exportações ainda são pequenas, dado que 95% da produção atende ao mercado interno”, justificou o relatório da Conab.
A manga continua a liderar as exportações, mantendo-se como a preferida nos mercados globais. Houve aumento de 51,52% em valor e 15% em volume, totalizando mais de 266 mil toneladas dessa fruta tropical. O melão ficou em segundo lugar, com 228 mil toneladas, com um faturamento de US$189 milhões, crescimento de 20,93% em valor e 2,61% em volume. Já o desempenho do abacate surpreendeu: crescimento de 143% no volume.
Perda na qualidade
A entidade, entretanto, não descarta as consequências na qualidade das frutas causadas pelo calor severo registrado em dezembro. A concorrência com as frutas de caroço também foi um fator que não permitiu a disparada de preços.
Em 2023, pouco mais de 56 mil toneladas de banana foram exportadas, cifra 33,3% menor se comparada ao mesmo período de 2022. O faturamento também caiu para US$ 25,15 milhões, número 32,6% menor no intervalo comparativo.
Na contramão, as vendas externas de laranja em 2023 tiveram um volume de 2,56 mil toneladas, alta expressiva de 610% em relação ao mesmo período de 2022. O faturamento foi de US$ 1,2 milhão, cifra 235% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
O acumulado das vendas de 2023 para a maçã totalizou em 36 mil toneladas, leve crescimento de 2,83% em relação ao mesmo período de 2022. No ano passado, o faturamento chegou a US$ 30,5 milhões e representou alta de 24,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O mamão, no entanto, registrou queda de quase 5% nas exportações em relação ao mesmo período de 2022, totalizando 37,85 mil toneladas. O montante representou US$ 53,07 milhões de faturamento, ou 6,91% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Com crescimento de 8% em relação a 2022, a melancia registrou volume de 114,22 mil toneladas, e o faturamento foi de U$S 74,55 milhões, 29,5% maior em relação ao período considerado. A projeção do Prohort é que as exportações aumentem durante este ano.