(Reuters) – Cotado para ser vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano Geraldo Alckmin, o empresário Josué Gomes afirmou em artigo publicado nesta quarta-feira que o pré-candidato do PSDB à Presidência é o nome certo para liderar o país diante dos desafios que o Brasil enfrenta, mas não citou a possível parceria entre eles na disputa eleitoral.
“As demandas que temos pela frente delineiam com clareza o perfil do presidente da República que precisamos. Pelo que já fez e demonstrou em termos de liderança, sobriedade, capacidade de dialogar e de gerenciar bem em plena crise, Geraldo Alckmin reúne todos os requisitos para cumprir a complexa missão que se coloca”, disse o empresário em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo.
“O perfil de Geraldo Alckmin não deixa dúvidas. Aplaudo os partidos que tomaram a acertada decisão de apoiar sua candidatura. Definitivamente, não é hora de apostar em aventuras e ‘salvadores da pátria'”, acrescentou.
O nome de Josué passou a ser cotado para ser o vice de Alckmin depois que o ex-governador de São Paulo acertou na semana passada o apoio do chamado blocão — grupo formado por PP, DEM, PRB, Solidariedade e PR, partido ao qual o empresário é filiado.
Nesta semana, surgiram relatos de que o empresário teria rejeitado a indicação, mas o PR informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que nenhuma decisão foi tomada ainda.
O próprio Alckmin disse na terça-feira que Josué Gomes é um grande nome, mas ressaltou ser necessário aguardar para a definição da vice-presidência em sua chapa. [nL1N1UK24K]
Uma fonte próxima ao tucano reconheceu que Alckmin começou a buscar outro nome para vice. Entre os citados estão o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) e o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (Solidariedade). [nL1N1UK236]
O apoio do blocão a Alckmin deve ser formalizado na quinta-feira. O acerto dá ao tucano o maior tempo de TV na propaganda eleitoral, e foi uma vitória do ex-governador de SP, já que o blocão também vinha sendo assediado pelo pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, e partidos do grupo vinham sendo cobiçados por outros adversários, como Jair Bolsonaro (PSL), que conversava com o PR, e o PT, que deve formalizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)