BRASÍLIA (Reuters) – O PSB decidiu não fazer mais reunião do diretório nacional e decidirá suas alianças para a eleição de outubro diretamente no congresso do partido, previsto para o dia 5 de agosto, disse nesta quarta-feira uma fonte a par da decisão.
Formado por 137 membros, o diretório se reuniria na próxima segunda-feira para decidir o rumo da legenda na eleição presidencial.
Inicialmente optou-se por remarcar a reunião para permitir mais tempo a negociações, mas, segundo a fonte que pediu anonimato, não deve mais haver esse encontro, e a decisão sobre o posicionamento na disputa ao Planalto será oficialmente tomada no dia 5.
Desde a desistência de seu candidato preferencial à Presidência, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, o PSB vem sendo cortejado pelos demais concorrentes.
O candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, tem afirmado que “acende uma vela todos os dias” para concretizar uma aliança com o PSB, e seu partido ofereceu apoio aos socialistas em quase uma dezena de disputas estaduais. Eventual aliança com Ciro encontra ressonância em boa parte da sigla, mas há divergências que não podem ser desconsideradas.
A proposta esbarra, por exemplo, em São Paulo, onde o governador candidato à reeleição, Márcio França (PSB), ligado ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin, prefere a neutralidade.
Outro Estado importante que tem apresentado resistência é Pernambuco, onde o PT ofereceu a retirada da candidatura de Marília Arraes, o que facilitaria a tentativa de reeleição do socialista Paulo Câmara, em troca de apoio do PSB na disputa presidencial.
Diante do quadro, que já vinha se apresentando desde o final do mês de junho, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem defendido que uma posição de neutralidade seria prejudicial ao partido. Resta saber como o congresso da legenda vai se posicionar.
(Por Maria Carolina Marcelo)