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Operação da PF atinge militares e aliados políticos de Bolsonaro

Entre os alvos estão os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres. STF determinou que ex-presidente entregue o passaporte em 24 horas

A Polícia Federal (PF) executa nesta quinta-feira (8) uma operação contra envolvidos em uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no poder. O ex-mandatário também foi alvo da Operação Tempus Veritatis, onde agentes da PF foram até sua residência em Angra dos Reis (RJ). A corporação deu 24 horas para Bolsonaro entregar seu passaporte, que está guardado em Brasília. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do procurador-geral da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.

Dentre os alvos da operação estão:

  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente em 2022;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Ex-assessores de Bolsonaro foram presos:

  • Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens;
  • Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo Bolsonaro (foi preso em Ponta Grossa, no Paraná);
  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, coordenador do “gabinete do ódio”;
  • Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Militares da gestão Bolsonaro envolvidos

  • Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, general ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Almir Garnier Santos, almirante ex-comandante-geral da Marinha
  • Bernardo Romão Correa Neto, coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, major do Exército;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel atual comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, em Goiânia –

De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, completou a corporação.

Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em “ambiente politicamente sensível”.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.

Defesa

Pelo X (ex-Twitter), o advogado Fabio Wajngarten, que representa Bolsonaro, disse que “em cumprimento às decisões de hoje”, o ex-presidente entregará o passaporte às autoridades competentes.

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