SÃO PAULO (Reuters) – Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central corroboraram suas projeções de manutenção da taxa básica de juros e para o comportamento anual da inflação até 2021, segundo relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, dois dias antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
A taxa Selic deve continuar inalterada em sua mínima recorde de 6,50 por cento ao ano após os dois dias de reunião do Copom, prevê a pesquisa, preservando a mesma projeção da semana anterior.
Pesquisa da Reuters com analistas também mostrou a mesma direção, com previsões consensuais de que o BC provavelmente vai manter os juros básicos após a greve dos caminhoneiros alavancar a inflação acima do centro da meta.
O Focus mostrou ainda que a inflação medida pelo IPCA deve encerrar 2018 a 4,11 por cento, mesmo número do levantamento anterior, antes de avançar 4,10 por cento em 2019, 4 por cento em 2020 e 4 por cento em 2021, último ano do horizonte relevante usado pelo BC para avaliar a trajetória dos juros.
Ao mesmo tempo, os economistas consultados pelo BC reduziram sua estimativa para a inflação do IPCA nos próximos 12 meses de 3,70 por cento para 3,67 por cento.
A meta de inflação é de 4,5 por cento neste ano, caindo 0,25 ponto percentual por ano até 3,75 por cento em 2021, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Os preços administrados pelo governo, como tarifas de energia, por exemplo, devem subir 6,81 por cento neste ano, sobre previsão anterior de 6,71 por cento uma semana antes, de acordo com o Focus.
(Por Iuri Dantas)