Resultado ficou acima da expectativa do mercado, que esperava alta de 2,2% no ano. Expectativa do governo era uma alta de 3%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023, informou nesta sexta-feira (1°) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado final foi muito próximo ao de 2022, quando a atividade econômica brasileira apresentou alta de 3%. Mais uma vez, o último trimestre do ano mostra uma desaceleração da economia, fechando desta com estabilidade em relação ao trimestre anterior.
O resultado revelado pelo IBGE teve dinâmicas diferentes no primeiro e segundo semestre. Na primeira metade do ano, a atividade econômica foi puxada por uma safra excepcional de grãos. Com o desempenho recorde da produção de soja e milho, o agro registrou alta de 15,1% no ano.
No segundo semestre, o setor de serviços, o principal da economia brasileira, permaneceu resiliente e trouxe sustentação a uma desaceleração gradual da economia por causa do patamar elevado da taxa Selic.
Novamente, estímulos fiscais dados à economia impulsionaram os volumes de consumo, caso do reajuste real do salário mínimo e da fixação do programa Bolsa Família no valor de R$ 600. O mercado de trabalho, que chegou a recordes de ocupação, também ajudou a economia a se manter aquecida.
Os serviços apresentaram crescimento de 2,4% em 2023. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,1%. Confira os destaques do PIB de 2023:
- Serviços: 2,4%
- Indústria: 1,6%
- Agropecuária: 15,1%
- Consumo das famílias: 3,1%
- Consumo do governo: 1,7%
- Investimentos: -3%
- Exportações: 9,1%
- Importação: -1,2%