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Santander Brasil entra na linha de financiamento imobiliário Pró-Cotista; Bradesco começa em 2019

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – O Santander Brasil começou discretamente a oferecer empréstimos para compra da casa própria por meio da linha Pró-Cotista, que usa recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), segundo documentos obtidos pela Reuters.

Atualmente, a Pró-Cotista, financiamento imobiliário mais barato do mercado, é operada apenas por Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

O Bradesco informou que começará a operar a linha Pró-Cotista a partir de janeiro de 2019.

Na prática, todos podem operar com essa linha, mas os bancos privados nunca se interessaram por ela.

Mesmo sendo o primeiro banco privado a entrar no setor, o Santander Brasil não considera fazer divulgação ampla do produto. Além de os recursos do FGTS serem mais escassos do que os da caderneta de poupança, o próprio banco captou menos de 60 milhões de reais, o que lhe permite uma atuação bastante limitada. Por isso, neste primeiro momento só serão elegíveis para financiamento pela Pró-Cotista imóveis de empreendimentos que já são financiados pelo próprio Santander Brasil.

Em material enviado aos agentes, o Santander Brasil define como pré-condições para concessão de recursos o prazo máximo de 30 anos para o financiamento. A linha não financia despesas com cartório e com o ITBI, taxa da prefeitura. O produto tem taxa de 8,4 por cento ao ano, mais atualização pela TR.

A linha Pró-Cotista do Santander Brasil também será restrita a empreendimentos cujas matrículas dos imóveis sejam individualizadas. Segundo o informe, o prazo máximo de aprovação da proposta de financiamento é de 30 dias.

Na véspera, o Conselho Monetário Nacional (CMN) adotou uma série de medidas para flexibilizar a atuação dos bancos no financiamento imobiliário, inclusive elevando o teto do valor de imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de 900 mil para 1,5 milhão de reais.

Consultado pela Reuters, o Santander Brasil não respondeu a um pedido de comentário sobre a entrada na operação da linha Pró-Cotista.

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que não atua na linha Pró-Cotista e não tem previsão de atuar.

Para especialistas, a movimentação dos bancos pode ajudar a aquecer o mercado de financiamento imobiliário. Após ter batido o pico de 113 bilhões de reais em 2014, o volume de empréstimo imobiliário com recursos da poupança caiu, até atingir 43 bilhões no ano passado, menor nível em uma década.

Mas os desembolsos no primeiro semestre deste ano cresceram 23 por cento ante mesma etapa de 2017. A Abecip, entidade que representa as financiadoras de imóveis, elevou a previsão de alta deste ano de 10 para 16 por cento.

“De imediato, a maior competição na linha Pró-Cotista não deve ter grande impacto na taxa de juros, mas em conjunto com as outras medidas do CMN, isso pode incentivar as construtoras a voltarem a lançar empreendimentos”, disse a consultora Daniele Akamine, da Akamines Negócios Imobiliários.

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