BRASÍLIA (Reuters) – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidiu nesta quarta-feira prorrogar mais uma vez o prazo para a conclusão de investigações no chamado inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crime na edição de decreto que alterou normas portuárias.
No despacho, a que a Reuters teve acesso, Barroso deu prazo de 60 dias para concluir a apuração, contados a partir do dia 8 de julho. Ou seja, o inquérito — se não for novamente prorrogado — terá de ser concluído até o início de setembro.
Desde setembro do ano passado, Temer é alvo desse inquérito no STF sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a Rodrimar em alterações legais para o setor.
O presidente, a empresa, os executivos dela e Rocha Loures sempre negaram ter cometido qualquer irregularidade.
(Reportagem de Ricardo Brito)