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Startup gera R$ 3,6 milhões para catadores

Com operações em 6 diferentes estados e 80% de mulheres no time, Solos já recolheu mais de 1,4 mil toneladas de resíduos recicláveis

A mudança na mentalidade da população não só influencia as decisões individuais de compra, mas também molda as estratégias das empresas, que cada vez mais adotam práticas sustentáveis em suas operações, produtos e serviços. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 23% dos consumidores brasileiros afirmam ter modificado o comportamento de consumo em virtude de preocupações com o meio ambiente. Segundo a pesquisa “Desenvolvimento Sustentável: marcas e publicidade no Brasil”, realizada em 2023 pela Teads, oito a cada 10 brasileiros buscam o histórico das empresas em relação às práticas sustentáveis, antes de adquirirem um produto ou serviço.

Fazendo parte da mudança, Saville Alves fundou em 2018 a Solos, com o propósito de incentivar soluções sustentáveis para auxiliar o meio ambiente e a redução de resíduos nas cidades. Com seis anos de atuação, a startup está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, assinando iniciativas em parceria com grandes empresas, a exemplo da Ambev, Braskem, Basf, Coca-Cola, Heineken, Sebrae, Nubank e Acelen, além de instituições públicas.

Com projetos ESG, a startup, que já impactou mais de 2 milhões de pessoas, gera transformações por meio da economia circular, com a facilitação do descarte das embalagens pós-consumo e reciclagem em três frentes de atuação:

  • Engajamento de quem gera os resíduos: através de conteúdos e experiências, usando uma linguagem simples que alcance a todos;
  • Gestão de resíduos em grande eventos: com a implementação de infraestrutura e gestão de dados para gerar eficiência na coleta;
  • Sistema inteligente de coleta: com soluções definitivas para a gestão de resíduos nos espaços.

Ao longo de 5 anos atuando em diversos estados, em parceria com 27 cooperativas, mais de 7 mil catadores, e grandes marcas, o trabalho realizado pela Solos já gerou mais de 1,4 mil toneladas de materiais reciclados, mais de R$ 3,6 milhões em renda para cooperativas e catadores autônomos, além de diversas premiações. O Brasil é o quarto maior gerador de lixo do mundo e perde R$ 14 bilhões por não reciclar. Temos apetite como negócio para crescer nossa relevância no mercado e colaborar para a construção de um novo modelo que consiga ampliar os índices de reciclagem ao mesmo tempo que torne o lixo uma ferramenta de mobilidade social para quem está na base. Para isso, vamos ampliar nossa atuação territorial para todo o país, consolidar nossa atuação junto às grandes corporações e intensificar nossas operações junto ao poder público, que tem a capacidade de dar escala aos impactos gerados”, comentou Saville.

Dentre os projetos desenvolvidos pela Solos, o destaque tem sido a Central de Reciclagem no Carnaval, ação que reúne resultados significativos referentes à coleta seletiva, reciclagem e inclusão social e produtiva durante os festejos. Desde 2020, quando foi iniciada, já foram recolhidos 292 toneladas de resíduos, possibilitando uma geração de renda superior a R$ 2 milhões. Somente em 2024, durante o Carnaval de Salvador, com seis dias de ação, foram coletadas 135 toneladas de resíduos, gerando R$ 880 mil em renda para os catadores autônomos cadastrados. Em São Paulo, onde a startup atua desde 2023, os números chegam a 32,2 toneladas recolhidas e R$ 253 mil em renda para a classe trabalhadora.

“O Carnaval é a maior manifestação da cultura e um importante momento de desenvolvimento econômico. Em Salvador, fazemos o maior carnaval do Brasil e também a maior operação de reciclagem em um evento. Muita gente nem sabe disso e não imagina que esses resultados são fruto de um trabalho intencional e colaborativo entre poder público, setor privado e cooperativas”, afirmou a sócia-fundadora Saville Alves.

Ela explica que um dos objetivos da startup é reforçar a discussão sobre temáticas, como consumo consciente, descarte correto de resíduos, reciclagem com a população e as organizações parceiras, tendo como exemplo o projeto Braskem Recicla. A iniciativa conta com atividades lúdicas, jogos, exposições e dinâmicas, em um espaço criativo montado numa área de grande circulação de pessoas, para recolhimento de material reciclável e conscientização da população de forma interativa. 

O projeto, que já aconteceu em diversas cidades do país, como Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo, reúne dados importantes referentes à economia circular. Em 11 edições foram mais de 17 mil visitas aos stands, 107 toneladas de resíduos arrecadados e uma geração de renda superior a R$ 215 mil.

A startup realiza anualmente o projeto Vidrado, na comunidade de Caraíva, em Porto Seguro, durante a alta temporada de verão. O consumo de bebidas em garrafas de vidro resultou em um dilema ambiental sobre como equilibrar o encanto de Caraíva, com a necessidade de gerenciar resíduos de maneira sustentável com a grande circulação de pessoas, gerando a parceria da startup com a organização da festa AWE Reveillon, Heineken e a comunidade local. O Vidrado já permitiu que mais 371 mil garrafas fossem recicladas.

Tecnologia

A sócia-fundadora destaca que o uso da tecnologia como aliada tem sido um objetivo chave para tornar acessível e democrático o descarte de resíduos recicláveis atrelado a inclusão social e produtiva. A startup desenvolveu um sistema inteligente de coleta através de triciclos elétricos, operação de coleta seletiva porta a porta através de agendamento onlineNomeado como Roda o projeto alcançou 438 toneladas de resíduos reciclados em Fortaleza, com 1.130 usuários participantes e foi validado como política pública na cidade.

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