Estou maratonando a série “House, M.D.”, que fez muito sucesso há alguns anos, sobre um médico ranzinza e viciado em analgésicos, que resolve casos que nenhum outro profissional da medicina consegue solucionar. Em todos os episódios, surge um quadro de difícil diagnóstico, que vai se tornando cada vez mais incompreensível. Até que, nos minutos finais, Gregory House invariavelmente consegue decifrar o enigma e salva uma vida (bem, ele não se dá tão bem em todos os episódios – mas consegue se garantir em quase todo o seriado, que durou de 2004 a 2012).
No meio de uma das histórias, fiquei imaginando como uma série como essas poderia ser concebida daqui a alguns anos, quando as ferramentas de Inteligência Artificial estiverem plenamente disseminadas entre nós. Será que os roteiristas conseguiriam manter o suspense da narrativa, uma vez que a IA poderá desvendar boa parte dos problemas médicos em questão de segundos?
Isso deve mexer com o futuro da medicina como um todo, não apenas nos doutores da ficção. Os tempos de diagnóstico devem diminuir, assim como os erros praticados pelo ser humano. Com isso, é possível também baixar custos de hospitais e clínicas e planejar melhor determinados procedimentos.
O número do apartamento onde House (vivido com maestria pelo britânico Hugh Laurie) mora é 221B. Trata-se de uma homenagem a Sherlock Holmes, cuja casa fica neste mesmo número, só que na Baker Street, em Londres. Essa correlação me fez pensar: e os detetives? Vão repassar boa parte de sua investigação para a máquina?
Lembremos que, nos Estados Unidos, já existem sistemas de informação que ligam GPS, redes sociais e bancos de dados. Isso auxilia bastante em uma diligência. Imagine agora tudo isso dentro de um sistema de inteligência artificial. As possibilidades de desvendar um caso, para os policiais, vão aumentar exponencialmente. Mas o quê exatamente esses profisisonais vão fazer? Inquirir máquinas em vez de suspeitos?
Geralmente, em uma investigação, policiais e advogados andam de mãos dadas ou em campos opostos. Mas os profissionais do direito, muitas vezes, precisam saber de determinadas leis que não estão gravadas na memória. Nos Estados Unidos, ao contrário do que ocorre por aqui, muitos processos são resolvidos com base em jurisprudências – algo que uma peça de inteligência artificial pode obter em questão se segundos, contra horas gastas por um ser humano.
O que esses três grupos profissionais (médicos, detetives e advogados) têm em comum?
Todas essas categorias profissionais trabalham com uma combinação de conhecimento e análise. A realidade virtual pode ampliar a velocidade de coleta de informações e tornar todos os processos mais rápidos. Agora, imaginem que as ferramentas tenham chegado a um desenvolvimento satisfatório e possam ser utilizadas por todos. Diante desse quadro, a pergunta que não quer calar é: quanto tempo vai demorar para que esses profissionais entendam a nova tecnologia e passem a trabalhar melhor?
Meu palpite: menos de um mês. E cada upgrade deverá ser compreendido instantaneamente — ou em questão de horas. Nosso cotidiano — particular e profissional — nunca mais será o mesmo. Por isso, preparem-se para viver uma transformação radical, que vai tornar nossa vida melhor e surpreendente.
Uma resposta
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