Crime completou 6 anos no dia 14 de março
A manhã deste domingo (24) foi de alívio para a família da vereadora Marielle Franco. Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu os três suspeitos de terem sido mandantes do crime.
“É um domingo de muita dor mas também para se fazer justiça”, disse Marinete Silva em entrevista para GloboNews. O que surpreendeu toda a família foi o envolvimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, e que era considerada uma pessoa de confiança e que teria avaliado o crime. Ele tomou posse um dia antes do crime.
“Ele falou que era questão de honra dele elucidar (a morte da vereadora). Por questões óbvias, porque a Marielle, além dele confiar, a Marielle garantiu a entrada do doutor Rivaldo no Complexo da Maré depois de uma chacina para ele entrar e sair com a integridade física garantida”, afirmou.
A ministra Anielle Franco, irmã de Marielle, agradeceu o empenho dos investigadores em solucionar este crime. “Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”, escreveu nas redes sociais.
Mônica Benício, viúva da vereadora, disse que a dor não termina com as prisões, mas que traz “um momento de esperançar justiça e paz.” Ela também se revelou surpresa pela participação de Rivaldo no crime. “O anúncio do seu nome mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, mas cúmplice deste crime. Seu nome envolto nessa execução brutal só demonstra o tamanho do abismo que vivemos no Estado do Rio de Janeiro, com instituições amplamente comprometidas nas teias mais podres do crime, da corrupção e do mercado de mortes”, disse.
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