Endividamento atinge principalmente os mais pobres e menos escolarizados
Um estudo alarmante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o endividamento no Brasil está em níveis alarmantes, com 26% dos brasileiros relatando estar mais endividados do que no ano passado. O problema é ainda mais grave entre as classes menos favorecidas, com 33% dos analfabetos ou com baixa escolaridade e 32% dos que ganham até um salário mínimo sofrendo com o peso das dívidas.
Mulheres e faixa etária entre 41 e 59 anos também são impactadas
O levantamento da CNI também aponta que as mulheres (29%) e a faixa etária entre 41 e 59 anos (29%) estão entre os grupos mais afetados pelo endividamento crescente. A pesquisa ainda destaca disparidades regionais, com o Nordeste se destacando positivamente: 47% dos nordestinos relatam estar menos endividados do que em 2023.
Redução do endividamento entre jovens e classe média
O estudo da CNI também revela que a redução do endividamento é uma realidade para alguns grupos. Entre os jovens de 16 a 24 anos (45%) e aqueles que ganham entre um e dois salários mínimos (45%), o cenário é mais positivo.
Metodologia
A pesquisa da CNI foi realizada pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre 6 e 9 de fevereiro de 2024. Foram entrevistados 2.012 cidadãos com mais de 16 anos em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.