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Empresas imobiliárias pagaram R$ 3 mi à esposa de delegado do caso Marielle

A gestora Brookfield fez mais de 200 transferências entre 2016 e 2020 para a Armis, ligada a Rivaldo Barbosa

Empresas administradas pela gestora de ativos Brookfield realizaram transferências de pelo menos R$ 3,3 milhões a contas de uma empresa da advogada Érika Andrade de Almeida Araújo, esposa do delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista dela, Anderson Gomes.

As informações foram apuradas pela Polícia Federal com base nos fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Segundo a PF, a Armis, que está em nome de Érika, era utilizada para disfarçar pagamentos destinados ao delegado.

As movimentações foram realizadas entre junho de 2016 e agosto de 2020, a Armis recebeu um valor de R$ 3,9 milhões de diferentes fornecedores. Parte de 84% desses fundos vieram de construtoras e imobiliárias controladas pela Brookfield.

As envolvidas

As transferências foram realizadas por empresas do setor de construção e imobiliário que estão sob controle da Brookfield. Entre essas empresas estão Aparine Empreendimentos, TG Rio de Janeiro Empreendimentos, TG Centro-Oeste Empreendimentos Imobiliários, TGRJ Empreendimentos Imobiliários, e TGRJ Empreendimentos Econômicos. Outra é a Tegra, que se posicionou oficialmente (embaixo).

Apesar das empresas serem controladas pela Brookfield, a empresa não se pronunciou sobre as transferências dos valores.

Armis e clientes

De acordo com o Coaf, a Armis recebeu 256 transferências bancárias de seus clientes durante o período de investigação. Desse total, 229 foram realizadas por empresas administradas pela Brookfield, representando 89% das transferências.

A Armis foi fundada em abril de 2016 como uma empresa de “atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica”. Érika é a única sócia da Armis. Segundo a PF, a Armis é na verdade uma empresa de fachada administrada por Rivaldo Barbosa.

A PF alega que a única finalidade da Armis era receber pagamentos destinados a Rivaldo, configurando desvio de recursos. Os investigadores anexaram prints de emails e transações bancárias como provas em um inquérito. Rivaldo e Érika negam as acusações. Afirmam que a Armis é uma empresa legítima que prestava serviços de consultoria para a Brookfield e outras empresas.



Érika e Rivaldo

Tanto Érika quanto Rivaldo Barbosa não se pronunciaram sobre as acusações. A Polícia Federal (PF) afirma que a Armis é uma empresa de fachada administrada por Rivaldo Barbosa e que sua principal função era receber pagamentos destinados ao delegado.

Comunicado da Tegra

“A Tegra Incorporadora esclarece que, desde 2020, não mantém relação contratual com a empresa Armis Consultoria Empresarial Eireli. A fornecedora em questão realizou consultoria em análise de riscos e segurança para antigos terrenos, stands de vendas e canteiros de obras localizados no Rio de Janeiro.”


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