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Alvaro Dias promete corte linear de 10% das despesas e fim do déficit no 1º ano de governo

SÃO PAULO (Reuters) – O candidato do Podemos à Presidência, senador Alvaro Dias, disse nesta quarta-feira que fará um “corte linear” de 10 por cento das despesas do governo, o que permitiria o fim do déficit primário já no primeiro ano de uma administração comandada por ele.

“Nós estamos anunciando um limitador emergencial de despesas, um corte linear de 10 por cento das despesas que eliminaria o déficit primário no primeiro ano. No segundo ano um ajuste estrutural”, disse Dias a jornalistas após participar de sabatina promovida pelo BTG Pactual em São Paulo.

“Seguramente nós temos mais de 10 por cento de desperdício em todos os setores”, acrescentou.

Durante a sabatina, o candidato disse também que priorizará a operação Lava Jato em seu governo e repetiu que, caso eleito, gostaria que o juiz Sérgio Moro venha a ser ministro da Justiça.

“Certamente a operação Lava Jato deverá se constituir no grande cabo eleitoral do desenvolvimento econômico desse país e por isso ela tem que ser a nossa tropa de elite no combate à corrupção”, disse Dias .

“O que é essencial nesse momento crucial para o futuro do país é valorizar a limpeza que se faz”, acrescentou.

Questionado por jornalistas após a sabatina, o candidato do Podemos esclareceu que não consultou Moro particularmente ainda, pois isso o constrangeria, já que ele teria que dizer sim ou não e que essa consulta só será feita caso ele chegue ao Planalto.

Dias anunciou o nome de Moto para o ministério no sábado, durante a convenção nacional do Podemos que confirmou sua candidatura presidencial. [nL1N1UV078]

Ao ser perguntado se não avalia que existe seletividade por parte da Lava Jato, Dias disse que isso decorre da legislação. Por conta do foro privilegiado, argumentou, algumas autoridades ainda não foram alcançadas pela Justiça no âmbito da operação, o que passa a impressão de que há seletividade.

“Nós temos que correr o risco de determinadas injustiças em nome da reabilitação das instituições públicas desse país”, afirmou.

PRIVILÉGIOS

O senador defendeu o fim dos privilégios e afirmou que não só combate os benefícios, como dá exemplo e disse que entre todos os ex-governadores do Estado do Paraná, ele é o único que não recebe aposentadoria pela função, além de citar outros benefícios dos quais abriu mão.

“Creio que para combater privilégios é preciso abrir mão deles”, disse Dias.

Ao ser questionado por jornalistas se não é contraditório o fato de ter anunciado Moro, um dos beneficiários do auxílio-moradia do Judiciário, para compor seu governo em função desta sua posição, Dias disse que ele “certamente apoiará integralmente a liquidação desses privilégios”.

(Reportagem de Laís Martins)

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