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O desafio da alimentação saudável nas metrópoles

78% dos habitantes não atingem a ingestão mínima diária de 400 gramas de frutas, legumes e verduras

Mais da metade da população das capitais brasileiras não consome frutas, legumes e verduras regularmente, enquanto o consumo de ultraprocessados aumenta. Essa é a realidade preocupante revelada por um estudo do Instituto Escolhas e da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis, da Universidade de São Paulo (USP).

São Paulo, Curitiba e Recife são apenas alguns exemplos das capitais que enfrentam esse problema. Apesar de suas diferenças, as três cidades têm em comum a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como doenças cardiovasculares, respiratórias, câncer e diabetes, relacionadas à má alimentação.

O estudo propõe a produção de alimentos em centros urbanos como uma das soluções para combater esse cenário. Essa medida, além de reduzir os custos de transporte e comercialização, pode facilitar o acesso da população a alimentos frescos e saudáveis, especialmente em áreas de baixa renda.

O alto preço dos alimentos frescos e a falta de opções saudáveis nos locais de venda são alguns dos principais obstáculos ao consumo adequado. Para amenizar esses problemas, o estudo sugere medidas como:

  • Cessão de áreas ociosas para produção urbana: lotes vazios, áreas sob linhas de transmissão e até mesmo hortas em escolas, hospitais e unidades prisionais podem ser utilizados para o cultivo de alimentos.
  • Aquisição de alimentos da agricultura urbana por órgãos públicos: restaurantes populares e cozinhas solidárias, por exemplo, podem comprar esses produtos, incentivando a produção local e garantindo o acesso da população de baixa renda a alimentos frescos.

Dados do estudo indicam que entre 63% e 68% dos habitantes das capitais brasileiras não consomem frutas, legumes e verduras com a frequência recomendada. Além disso, 78% não atingem a ingestão mínima diária de 400 gramas desses alimentos, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A produção nas áreas urbanas tem um enorme potencial para atacar essa questão, colaborando para a redução dos custos de transporte e comercialização”, explica a gerente de portfólio do Escolhas, Jaqueline Ferreira. Estudos anteriores do Escolhas, resgatados no policy brief, mostram que o potencial para fortalecimento e a ampliação da produção de alimentos no Recife, por exemplo, é de 5.215 toneladas de legumes e verduras em 80 hectares de espaços ociosos na capital e abasteceria 252.424 pessoas por ano.

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