Uns chamam de “Brazilian Week”. Outros de “Brazil Week”. O fato é que Nova York nunca foi tão brasileira como nesses últimos dias. Quando começamos a comparecer ao “Person of the Year”, o evento da Brazilian-American Chamber of Commerce que homenageia as personalidades de destaque no mundo dos negócios no Brasil e nos Estados Unidos, o jantar de gala ainda era realizado o Museu de História Natural e era restrito a pouco mais de 600 pessoas. Hoje, a premiação ocorre no Glasshouse, na 12ª Avenida, e reúne mais de 1.000 pessoas.
Além dessa multidão que comparece ao evento, é possível arriscar que pelo menos outros 2.000 brasileiros estejam hospedados na maior cidade dos Estados Unidos. Trata-se de um crescimento avassalador, que se reflete também no tamanho da comitiva de MONEY REPORT. A primeira foi composta de dez pessoas. A última, no entanto, reuniu mais de 60 empresários e executivos de primeira linha. Nesta ocasião inicial, fizemos apenas um encontro para discutir tópicos da macroeconomia nacional. De 13 a 16 de maio, foram oito eventos e hoje fecharemos a nossa agenda com um almoço para setenta convidados no Fasano nova-iorquino.
Realizamos um evento no TikTok para cerca de 100 convidados; um jantar no Le Bernardin, em parceria com a G4 Educação, para o mesmo número de pessoas; um seminário para 80 empresários no University Club, juntamente com o Instituto Millenium. Nossos convidados também puderam comparecer a um workshop de altíssimo nível no prédio-sede da Organização das Nações Unidas e no concorrido seminário realizado pelo BTG Pactual no hotel Mandarin Oriental. Ao final do jantar de Gala, os integrantes da comitiva de MR puderam ainda desfrutar da After-Party organizada pelo Experience Club, que contou com nossa colaboração.
Ouvimos muitas pessoas nesses dias. E posso levantar três pontos de convergência entre os frequentadores da Brazilian Week.
O primeiro é o encanto com a nova geração de governadores, que compareceram a muitos encontros da agenda paralela ao POY 2024. Quase todos os presidenciáveis estiveram por aqui e deixaram boa impressão.
A trágica enchente que arrasou o estado do Rio Grande do Sul, afetando 9/10 dos municípios da região, dominou as conversas. E uma frase, cunhada pelo governador Helder Barbalho, foi repetida com frequência. “Não existem tragédias climáticas de direita, de centro ou de esquerda”, disse ele em algumas ocasiões. “Há apenas tragédias climáticas”.
Por fim, persiste ainda um sentimento de surpresa em relação à resiliência da economia americana, que continua aquecida e gerando empregos. Enquanto esse cenário estiver de pé, não podemos esperar tão cedo uma queda nas taxas de juros nos Estados Unidos — um fator decisivo para que possamos baixar mais agressivamente a Selic nacional.
O nível de interação entre quem compareceu ao Jantar de Gala ontem – e à After Party, absolutamente lotada – foi altíssimo. Espera-se que no ano que vem ainda mais brasileiros venham para a premiação, da qual MONEY REPORT é um dos maiores patrocinadores. A importância crescente deste evento tem uma responsável: Simoni Morato, que ocupa a posição de Chairperson da Câmara desde 2021. Sob sua batuta, o Glasshouse, cujo salão tem capacidade máxima para 1.000 pessoas, ficou pequeno.
Diante de resultados tão espetaculares, já estamos na contagem regressiva para 2025.
Respostas de 8
Bastante interessante esta matéria sobre a “ tomada de Nova York” por brasileiros naquilo que está sendo cunhada agora como “Brazilian week”. Entretanto, é preciso frisar que nenhum dos grandes jornais da cidade deu qualquer destaque em suas paginas para semana brasileira em Nova York. Um outro detalhe importante que precisa ser mencionado é que nestes eventos na Câmara de Comércio, na ONU, no Glasshouse, ou até mesmo no Harvard clube, a presença de pessoas não brancas(negras mesmo) nestes eventos continua sendo irrisória, Para um país com às dimensões e diversidade brasileira é inadmissível em pleno século XXI um descaso com pautas importantes como a diversidade e equidade e inclusão (DEI na sigla em inglês). Aliás, em se tratando de evento na cidade mais cosmopolita e mais diversificada dos EUA, isso é realmente um disparate.
Parabens pela noticia…..pena que , como diretor da Camara, nao deu para participar de todos os eventos.
Sim, tem sido uma excelente semana para o Brasil, nos da esperanca de uma mudanca positiva e necessaria com os jovens politicos ….espero que o Brasil saia do marasmo e que vicios que ainda existem sejam eliminados.
Esses empresarios etc representam um Brasil ficticio onde nao existem pessoas negras iu quase igual ao clube do Bolinha só para brancos????????????
Em nada nos representam…
Parabéns a MR, Aluizio e Cris.
Vocês fazem toda a diferença.
Carlos Júlio
Confesso que nunca ouvi e nem na imprensa brasileira aí em NY sobre esse evento. Temos grandes jornais que são lidos pelos imigrantes: Brazilian Times de Boston e Jornal dos Sports de Massachusetts.
Lamentável verificar a preocupação com brancos e negros. A feira não é de negócios? Quando os homens se conscientizarem que “Todos somos Um”, se tornarão Homens, então as coisas mudarão neste planeta.
Acredito que quem estava lá foram os que se disponibilizaram e trabalharam para isso. As oportunidades estão aí para todos, é preciso arregaçar as mangas.
Alguns oportunistas? Talvez. Mas não estavam lá por acaso.
Chega de coitadinhos, vitimismo, etc.
Nota: sou branca com sangue negro nas veias.
Parabéns pela resposta coerente, lúcida! Sou branca, sem sangue negro, mas isso não significa nada. O ponto é outro. É o que vc pontuou. Excelente!
As tragédias climáticas são, sim, da direita. A pauta ecológica só é defendida pelas esquerdas! Interessante que a direita foge a sua responsabilidade pelas tragédias climáticas mas impulsiona os projetos de lei contrários ao meio ambiente. Não se vê um discurso a favor do meio ambiente na direita brasileira. Querem só desmatar, flexibilizar os Código Florestal, impulsionar o garimpo na Amazônia. Mas agora que a conta está chegando, não assumem a sua responsabilidade!