Seis em cada dez brasileiros desejam comprar uma casa ou um carro este ano
Segundo a pesquisa “Sonhos Brasileiros”, realizada anualmente pelo Grupo Croma, a conquista da casa própria e a aquisição de um veículo automotivo continuam sendo os principais sonhos de consumo dos brasileiros em 2024. Estudo revelou que seis em cada dez brasileiros desejam comprar uma casa ou um carro.
Realizado no final de 2023, a pesquisa entrevistou 1.010 pessoas e apontou que 36% têm como principal objetivo a aquisição de uma casa, enquanto 26% almejam um veículo automotivo.
Para Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma, esses desejos estão intimamente ligados ao status social. “O anseio por esses bens está diretamente relacionado à simbologia de estabilidade, sucesso e independência”, afirma Bulla. Ele destacou que o sonho da casa própria é mais forte entre brasileiros de 35 a 44 anos (49%), enquanto a compra de um veículo é mais comum entre os de 45 a 54 anos (31%).
Além de moradia e transporte, a saúde e o bem-estar físico e mental são prioridades para 2024, refletindo uma sociedade ainda marcada pelas consequências da pandemia. “A busca por soluções para a saúde do corpo, da mente e do bolso é evidente”, comenta Bulla, acrescentando que o alto índice de inadimplência e endividamento tem levado muitos brasileiros a buscar segundos empregos ou empreendedorismo, o que pode comprometer a saúde.
Nesse contexto, os consórcios têm se destacado como uma alternativa viável. Segundo Fernando Lamounier, especialista em educação financeira e diretor da Multimarcas Consórcios, o financiamento tradicional perdeu atratividade devido às altas taxas de juros. “Os consórcios, que cobram uma taxa de administração em vez de juros, tornam-se mais atrativos”, explica Lamounier.
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o setor movimentou mais de R$ 316,7 bilhões em 2023, um crescimento de 25,6% em relação ao ano anterior. O número de participantes ativos chegou a 10,29 milhões, um aumento de 9,4%. “Esse crescimento é reflexo do cenário econômico atual, onde os juros altos tornam os financiamentos menos acessíveis”, afirma Lamounier.
