O Ibovespa fechou em baixa de 0,19% nesta terça-feira (4), aos 121.802 pontos. O dólar subiu 0,98%, cotado a R$ 5,28 no encerramento. Pela quinta sessão consecutiva, o índice nacional fechou no vermelho, novamente com o peso das estatais Vale e Petrobras. O motivo do mau desempenho foi a queda dos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado global. Apenas Vale e Petrobras, juntas, respondem por quase 27% das forças que conduzem o Ibovespa. Mas as gigantes têm não um, e sim dois pontos fracos: como qualquer empresa de exploração de matérias-primas, são dependentes dos preços das commodities; ainda por cima, pelo papel estratégico que desempenham na indústria brasileira, o controle dessas companhias está sempre na mira do governo. O pano de fundo para essa virada de tempo foi a confirmação do enfraquecimento das economias globais, especialmente a dos Estados Unidos. A rápida desaceleração da atividade nesses mercados deixou de ser um risco distante e se tornou uma ameaça iminente. Na agenda econômica, o Brasil retomou o crescimento no início de 2024 com expansão de 0,8% no primeiro trimestre sobre os três últimos meses do ano passado, em um resultado impulsionado pelo consumo das famílias e pelos investimentos, e, do lado da produção, por serviços e agropecuária.
As maiores altas foram da SLC (3,04%) e Embraer (2,59%). As baixas, Magazine Luiza (-8,12%) e Vamos (-3,58%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram retração: preferenciais da Petrobras (-1,11%), Vale (-1,02%), Prio (-0,68%), preferenciais do Itaú Unibanco (0,35%) e preferenciais do Bradesco (0,91%). O volume negociado foi de R$ 20,69 bilhões.