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PCC executou responsáveis por plano contra Moro, afirma promotor

Lincoln Gakiya, do Gaeco, aponta que mortes na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau foram ordenadas pela cúpula da facção criminosa

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está por trás dos assassinatos de dois presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Os detentos eram acusados de planejar o sequestro e a execução do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades.4

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, (imagem) foram encontrados mortos na última segunda-feira (17). Segundo Gakiya, nenhum crime na penitenciária ocorre sem a anuência do PCC. Ele destacou que as mortes podem ter sido uma “queima de arquivo” ou um “acerto de contas” dentro da própria facção.

“Os indícios indicam que houve uma ordem da cúpula do PCC. Reginaldo era um dos líderes de rua da facção em São Paulo, e Janeferson era responsável pelo setor de ‘Restrita’, que cuida de atentados e resgates”, afirmou Gakiya.

Os dois detentos haviam sido presos em março de 2023 durante a Operação Sequaz, que investigava um plano contra agentes públicos, incluindo Moro e o próprio promotor. Gakiya mencionou uma desavença entre Janeferson e Patrick Ueliton Salomão, conhecido como ‘Forjado’, um alto membro do PCC em liberdade.

“Ainda é cedo para afirmar, mas pode ser que os assassinatos sejam ligados a essa desavença. Patrick teve sua foto divulgada ao Gaeco e à Polícia Federal por Janeferson, o que gerou conflito”, explicou Gakiya.

A Polícia Civil já identificou quatro suspeitos: Elidan Silva Ceu (Alemão e Talibam), Jaime Paulino de Oliveira (Japonês), Luis Fernando Baron Versalli (Teo, VV, Barão e Barom) e Ronaldo Arquimedes Marinho (Saponga).

Segundo a polícia, os assassinatos ocorreram de forma brutal, com múltiplas perfurações e sinais de luta corporal nas vítimas. Os instrumentos usados no crime, um canivete e um punhal artesanais, foram apreendidos pela polícia, assim como um short roxo, supostamente utilizado por um dos executores.

Os suspeitos foram presos em flagrante e negaram envolvimento ou optaram pelo silêncio durante os interrogatórios. Eles continuarão detidos na Penitenciária 2, aguardando audiência de custódia.

O caso segue sob investigação da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Venceslau, com o suporte de exames necroscópicos realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e análises da perícia criminalística.

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