O Ibovespa fechou estável em 0,02% nesta terça-feira (2), aos 124.787 pontos. O dólar subiu 0,22%, cotado a R$ 5,66 no encerramento. A sessão repercutiu novamente os atritos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Banco Central (BC). Somado ao cenário de instabilidade nos Estados Unidos, os investidores renovaram a aversão ao risco, com a moeda norte-americana chegando a cravar a máxima do ano (R$ 5,70). Pela manhã, Lula voltou a criticar a postura do BC, dizendo que a alta do dólar preocupa e que é preciso “fazer alguma coisa” para contê-la.. “Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação, há um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país”, afirmou. Em contrapartida, Roberto Campos Neto afirmou que o BC tem que ficar fora da “arena política”, argumentando que o tempo mostrará que o trabalho da autoridade monetária é técnico. Mais tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alta do dólar é um “problema de comunicação” em relação à autonomia do BC e à rigidez do arcabouço fiscal. Enquanto os investidores esperam o relatório oficial de empregos nos EUA, o mercado acompanhou novas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell e novos dados do mercado de trabalho. Powell disse que a inflação e os riscos para eventual aceleração dos preços se mostram equilibrados, mas que ainda é preciso ter mais confiança na trajetória antes de decidir cortar os juros. Na cena local, o governo volta a discutir a regulamentação de reforma tributária.

As maiores altas foram da PetroReconcavo (5,49%) e Minerva (2,39%). As baixas, CVC (-7,69%) e Cogna (-7,26%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram evolução: Vale (-0,33%), preferenciais da Petrobras (-0,31%), preferenciais do Itaú Unibanco (1,3%), Prio (1,42%) e Eletrobras (1,84%). O volume negociado foi de R$ 20,07 bilhões.