Em termos nominais, houve alta de 2,8%, mostrou o ICVA
O faturamento do varejo brasileiro registrou uma queda de 1,6% em junho deste ano em comparação ao mesmo período de 2023, quando ajustado pela inflação, conforme dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quarta-feira (10) pela empresa de pagamentos Cielo. Em termos nominais, que não descontam a inflação, houve um aumento de 2,8%.
O ICVA, que acompanha a evolução das vendas de 820 mil varejistas credenciados à Cielo em 18 setores, mostrou que o comércio eletrônico teve uma expansão de 6,9%, enquanto o comércio físico cresceu 1,8% na comparação anual.
Todos os três macrossetores apresentaram queda. O setor de bens duráveis e semiduráveis recuou 3%, impactado principalmente pelo segmento de vestuário e artigos esportivos. O setor de bens não duráveis caiu 1,3%, com livrarias e papelarias sendo os maiores responsáveis pelo desempenho negativo. O setor de serviços diminuiu 1%, pressionado por estética e cabeleireiros.
Apesar do cenário geral de retração, a Cielo destacou o crescimento em segmentos relacionados ao Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, como óticas, joalherias, varejo alimentício especializado e recreação e lazer.
“O Dia das Mães foi um alento para o varejo em maio, e em junho o Dia dos Namorados desempenhou um papel semelhante”, afirmou Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo. Ele destacou que, embora os segmentos presenteáveis tenham contribuído positivamente, não foram suficientes para compensar a queda geral do faturamento. A data, no entanto, ajudou a suavizar um resultado que poderia ter sido ainda mais negativo.
O calendário também influenciou o desempenho, pois em 2024 não houve o feriado de Corpus Christi em junho, diferentemente de 2023, resultando em um dia útil a mais no mês.
