A defesa dos envolvidos classificou a investigação como arbitrária e abusiva
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (16) as três pessoas envolvidas na confusão e ofensas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O episódio ocorreu no aeroporto de Roma, em julho de 2023.
O empresário Roberto Mantovani Filho foi enquadrado nos crimes de calúnia e injúria real (quando há violência). Andreia Munarão, esposa de Mantovani, e Alex Zanatta Bignotto, genro do empresário, foram denunciados por calúnia e injúria.
Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou não haver dúvidas de que as ofensas ocorreram pela condição de Moraes de ministro do STF e do Tribunal Superior Eleitoral.
“A falsa imputação da conduta criminosa ao Ministro foi realizada pelos acusados de maneira pública e vexatória. É claro o objetivo de constranger e de provocar reação dramática”, diz o PGR. A procuradoria também descobriu que parte das imagens captadas pelos envolvidos foi amplamente divulgada em redes sociais com supostos objetivos de viralização.
A defesa da família classificou a investigação como arbitrária e abusiva, veja a nota abaixo:
“Fruto de uma investigação arbitrária, marcada por abusivas e reiteradas ilegalidades, e que merecia o arquivamento sugerido pelo próprio Delegado da Polícia Federal que a presidiu, percebe-se que o caso teve grande revés, o que não surpreende mais.
Era esperada a denúncia ofertada. Nesses exatos termos: parcial, tendenciosa e equivocada sob inúmeros aspectos, inclusive técnicos. Caso ela seja recebida, e com isso se inicie uma ação penal, a defesa finalmente terá cópia das imagens do aeroporto de Roma, sonegadas até então.
Com elas, a verdade será restabelecida e tudo será devidamente esclarecido, alcançando-se a almejada Justiça.”
O que MR publicou