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Acordo no Senado encerra paralisação do governo dos EUA

Por Susan Cornwell e Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) – Senadores dos Estados Unidos selaram um acordo na segunda-feira para encerrar uma paralisação de três dias no governo conforme os democratas concordaram em acabar com o impasse em troca de uma promessa dos republicanos do presidente Donald Trump de debater o futuro de jovens imigrantes ilegais.

A legislação para renovar o financiamento do governo recebeu com facilidade apoio suficiente em votação no Senado e a expectativa era que fosse aprovada pela Câmara dos Deputados, permitindo que o governo voltasse a funcionar plenamente até 8 de fevereiro.

A maioria dos parlamentares democratas havia inicialmente se oposto à lei de financiamento, exigindo que o Senado também aprovasse proteções para jovens imigrantes ilegais conhecidos como os “sonhadores”.

Líderes democratas –preocupados sobre serem culpados por uma paralisação prejudicial– aceitaram uma promessa republicana de realizar um debate no Senado sobre imigração e os 700 mil “sonhadores” que foram trazidos aos Estados Unidos ilegalmente quando crianças.

As negociações de Trump com o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, acabaram em recriminações e dedos apontados na sexta-feira e o acordo para encerrar a paralisação do governo foi feito sem ele.

O presidente republicano fez um novo ataque aos democratas enquanto comemorava.

“Eu estou contente que os democratas no Congresso caíram na realidade”, disse Trump em nota. “Nós vamos fazer um acordo de longo prazo sobre imigração caso seja e apenas se for bom para o país.”

Milhares de funcionários públicos haviam começado a paralisar operações devido à falta de financiamento nesta segunda-feira, o primeiro dia útil desde a paralisação, mas serviços essenciais como segurança e operações de defesa tinham continuado.

A paralisação prejudicou a imagem de Trump feita por ele mesmo de um negociador que consertaria a cultura quebrada em Washington.

E forçou Trump a cancelar uma viagem no fim de semana à sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, além de criar incerteza sobre sua viagem agendada para esta semana ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

O governo dos Estados Unidos não consegue operar inteiramente sem leis de financiamento que são votadas regularmente pelo Congresso. Washington tem sido alvo de frequentes ameaças de paralisação nos últimos anos, com os dois partidos brigando sobre gastos, imigração e outras questões. A última paralisação do governo dos EUA ocorreu em 2013.

(Reportagem adicional de David Morgan, Ginger Gibson, Amanda Becker, Blake Brittain, Susan Heavey, Steve Holland, Diane Bartz, Lucia Mutikani, Yasmeen Abdutaleb e Patricia Zengerle)

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