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Sem apresentar atas, conselho proclama Maduro vencedor

Pleito venezuelano é colocado em dúvida por falta de transparência

Sem esperar a conferência das atas eleitorais, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou o atual mandatário, Nicolás Maduro, presidente eleito. A proclamação se deu na tarde desta segunda-feira (29), menos de 24 horas após o fechamento da urnas e uma suposta contagem manual de votos, sem apresentação dos resultados finais totalizados. A decisão coloca sérias dúvidas sobre a lisura do pleito, que foi falho em termos de transparência para a comunidade internacional.

Se empossado, Maduro governará a Venezuela até 2030, somando 17 anos no poder. Três a mais que seu mentor, Hugo Chávez, de quem era vice quando de sua morte, em 2013. Com isso, aumenta as desconfianças internacionais sobre o governo Maduro. A oposição acusa o CNE de ocultar as atas para maquiar o resultado, que daria a vitória para o líder da frente de oposição Edmundo González. Nenhuma das afirmações pode ser verificada.

O governo brasileiro enviou como representante para acompanhar a votação o embaixador Celso Amorim, que é assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) lançou uma nota pela manhã com um crítica velada, enquanto aguarda a publicação pelo CNE da Venezuela os “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

O comunicado também cumprimenta a Venezuela pelo fato das eleições terem sido realizadas em clima pacífico, porém o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. Em linguagem diplomática, é uma cutucada leve.

Lideranças se dividem. Os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei, não reconheceram a vitória de Maduro. Colômbia, Estados Unidos, União Europeia e Brasil pedem a publicação das atas para verificação; enquanto Rússia, Bolívia, China e Cuba parabenizaram o governante sem maiores considerações.  

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