O retorno da Conferência de Escola Austríaca de Economia
Foram cinco longos anos de espera. Tivemos o governo Bolsonaro, Brexit, pandemia, a tragédia de Brumadinho e, recentemente, a enchente do Rio Grande do Sul. Tivemos o governo Trump, a ascensão da Tesla e a nova tentativa de emplacar os carros elétricos. Presenciamos também a guerra na Ucrânia, a intensificação do alarmismo sobre “as mudanças climáticas”, o anúncio de mais uma crise econômica global, a retirada das tropas americanas do Afeganistão, o avanço da inteligência artificial e a polarização política em diversos países ao redor do mundo. Vimos a explosão do turismo espacial, com empresas como SpaceX e Blue Origin levando civis ao espaço, a popularização das criptomoedas e NFTs, a crise energética na Europa e o crescimento do movimento antivacina. Tambem vimos o impacto do teletrabalho na redefinição do mercado de trabalho, a crescente influência da China no cenário geopolítico e até o impacto do streaming redefinindo a indústria do entretenimento, com filmes e séries que se tornaram fenômenos culturais globais em questão de dias. E no meio de tudo isso, veio a notícia do retorno da Conferência de Escola Austríaca, em sua sétima edição, promovida pelo Instituto Mises Brasil. Foi um dia extraordinário!
Eu não consigo esconder meu entusiasmo. Tive a honra de participar da Conferência em 2017 e novamente em 2019. Neste ano, tive o prazer de me dirigir a São Paulo, ao esplêndido Teatro B32 na Faria Lima, para presenciar o que se configurou como o grandioso retorno da maior conferência dedicada à Escola Austríaca de Economia no Brasil. A atmosfera do evento era eletrizante, permeada por uma sensação de que algo realmente significativo estava acontecendo. O evento foi, sem exagero, um bálsamo intelectual, um dia repleto de oportunidades para absorver conhecimento, rever pessoas que, ao longo dos anos, se tornaram mais que companheiros de jornada na causa pela liberdade, mas verdadeiros amigos. A nostalgia me tomou quando o Raduan Melo mencionou que acompanha o trabalho do Helio Beltrão desde os tempos do Orkut. Eu também sou desse período primordial. E desde 2007, o site do IMB tem sido uma constante em minha busca por compreensão e inspiração pelas ideias que podem iluminar a escuridão.
O credenciamento para a conferência iniciou-se ao meio-dia, e, ao chegar, deparei-me com muitos jovens. Posso dizer que sou um testemunho vivo do crescimento deste movimento que, como sabiamente relembra nosso decano, o mestre Ubiratan Jorge Iorio, começou de forma modesta—numa época em que todos os entusiastas da liberdade cabiam dentro de uma Kombi. Hoje, a realidade é outra, e a expansão desse ideal é visível para todos.
Fui informado de que muitos desses jovens eram alunos do Insper, uma instituição que, infelizmente, ainda carrega a marca do desenvolvimentismo keynesiano. No entanto, o que me surpreendeu e animou foi saber que, em meio a essa doutrinação estatista, há um pequeno, mas ativo grupo de defensores da liberdade, que, por sua dedicação e mérito, teve a honra de participar do Mises University no Alabama.
O evento foi conduzido com a simpatia e o bom humor característicos do professor Adriano Paranaiba, que, com maestria, envolveu a plateia desde o início. Como indicado na programação, Rodrigo Saraiva Marinho foi o primeiro a tomar a palavra, e sua apresentação foi um verdadeiro ato de coragem. Com seriedade e integridade, ele expôs os desmandos do ÉsseTêÉfê, uma instituição que, cada vez mais, se revela despótica e alheia aos princípios básicos de justiça. Foi uma palestra de uma clareza terrível—não no sentido negativo, mas sim por revelar as cruas e amargas realidades do nosso sistema. Meu sangue quase ferveu quando ele relatou as atrocidades cometidas contra os presos do 8 de janeiro, incluindo o caso revoltante de uma mãe separada de seus filhos pequenos, enquanto os “iluminados” togados permitem que notórios traficantes de drogas voltem às ruas impunemente. Essa é a realidade distorcida em que vivemos, onde o Estado, com seu aparato repressivo, não poupa esforços para esmagar os cidadãos de bem, acusando-os de “terroristas”, enquanto estende a mão benevolente aos verdadeiros inimigos da sociedade.
Em seguida, fomos brindados com um painel que reuniu três gigantes da liberdade, os “Três Mosqueteiros” do austro-libertarianismo no Brasil: Antony Mueller, Fabio Barbieri e Ubiratan Iorio. Esses pioneiros, que por tanto tempo lutaram quase que solitariamente em defesa da liberdade, têm um lugar especial na história do movimento liberal no Brasil. Professores em instituições públicas de ensino, enfrentaram a hostilidade de seus pares com uma coragem e integridade que só os verdadeiros defensores da liberdade possuem. Escanteados e muitas vezes marginalizados, não se curvaram às pressões do coletivismo estatista e, em vez disso, conseguiram libertar inúmeras mentes jovens das garras sufocantes do pensamento único. Os mestres relembraram sua caminhada, árdua, sem dúvida, mas carregada de gratidão. Eles falaram com a serenidade de quem sabe que, mesmo enfrentando adversidades aparentemente insuperáveis, conseguiram plantar as sementes de uma revolução intelectual.
O professor Iorio, em particular, destacou-se ao afirmar com clareza e precisão que a eleição que resultou no novo (des)governo Lula serviu como um verdadeiro divisor de águas, revelando quem, de fato, é comprometido com os ideais liberais e quem são os oportunistas que apenas surfaram na onda do liberalismo quando lhes convinha.
Sua afirmação de que “quem defende a liberdade não faz o L”, me marcou profundamente. Essa declaração não foi apenas uma crítica aos que traíram os princípios liberais em nome de conveniências políticas; foi um chamado à autenticidade, um lembrete de que a defesa da liberdade não é um jogo de conveniências, mas um compromisso moral. Em um país onde a liberdade é constantemente ameaçada por aqueles que prometem salvá-la apenas para amarrá-la em novas correntes, palavras como essas são um sopro de esperança e um lembrete de que a verdadeira batalha pela liberdade é travada por aqueles que, como os Três Mosqueteiros, mantêm seus princípios, mesmo quando o caminho é solitário e árduo. Esses três professores não apenas instruíram—eles libertaram. E o fizeram com uma coragem que é, ao mesmo tempo, inspiradora e desafiadora para todos nós que seguimos seus passos.
Em seguida, tivemos a impactante palestra apresentada por Raduan Melo e Paulo Fuchs, que trouxeram à tona a sombria realidade das recentes enchentes no Rio Grande do Sul. Com uma abundância de dados, eles desmontaram, peça por peça, o mito da eficiência estatal, revelando a trágica incompetência que levou à calamidade. As autoridades estaduais falharam de maneira catastrófica. Não construíram as barreiras necessárias para conter as águas; negligenciaram a manutenção do sistema, permitindo que bombas essenciais para a drenagem permanecessem inutilizáveis; e, ainda pior, quando a população e a iniciativa privada se mobilizaram para fornecer ajuda, foram as prefeituras que se ergueram como novos obstáculos, confiscando as doações, monopolizando a entrega dos itens para acumular capital político.
Melo e Fuchs não se limitaram a expor a podridão do aparato estatal; eles também destacaram o papel vital do empreendedorismo como verdadeiro motor do progresso e da prosperidade. Para eles, os defensores da liberdade têm a obrigação de superar os coletivistas nesse aspecto, mostrando que é possível, e necessário, buscar soluções fora das garras do Estado. Um exemplo notável apresentado foi o da população de Nova Roma, que, depois que a velha ponte foi destruída por uma enchente, arregaçou as mangas e construiu uma nova, sólida e duradoura, com os próprios recursos e força de vontade. E o resultado? Essa ponte construída pela comunidade resistiu às forças da natureza, enquanto as construídas pelo Estado, a um custo exorbitante, não passaram do primeiro teste.
Essa palestra foi um poderoso lembrete de que, quando deixados livres, os indivíduos e as comunidades são capazes de feitos extraordinários, enquanto o Estado, com seus tentáculos incompetentes, não faz mais do que sufocar o espírito empreendedor e perpetuar a miséria. A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul não foi um desastre natural, mas um desastre estatal, uma prova viva de que o verdadeiro inimigo do progresso não são as forças da natureza, mas a ineficiência e a corrupção de um governo que se coloca como salvador, mas age como carrasco.
Após o intervalo, o palco foi tomado por Helio Beltrão e Rodrigo Saraiva Marinho, que conduziram um painel que, embora descontraído na forma, foi profundamente sério no conteúdo. Logo de início, Rodrigo não perdeu a oportunidade de brincar com Helio, que, sempre impecável em seu terno elegante, contrastava de forma curiosa com os tênis coloridos, um detalhe que, em qualquer outro contexto, poderia parecer deslocado, mas que ali representava a perfeita fusão entre o tradicional e o inovador—uma metáfora viva do próprio movimento libertário.
Esses dois amigos de longa data, com uma evidente cumplicidade, trataram de temas de enorme importância com a seriedade que lhes é característica, mas também com uma leveza que tornava o debate acessível e envolvente. O foco central de sua discussão foi a defesa do direito natural—um conceito que, como enfatizaram com convicção, é radical e intransigente em sua essência. Afirmaram, sem rodeios, que os direitos à vida, à liberdade e à propriedade não são concessões do Estado, mas inerentes à nossa condição humana. Este princípio, tão caro à tradição liberal, foi defendido com uma clareza que não deixava espaço para ambiguidades.
Helio e Rodrigo destacaram a responsabilidade moral que temos com a vida, desde sua concepção, deixando claro que a defesa da liberdade não pode ser dissociada da defesa da vida. Como alguém que se opõe firmemente ao aborto, fiquei profundamente satisfeito em me ver rodeado por pessoas que não apenas compartilham dessa visão, mas que a defendem de maneira tão pública e eloquente. A sensação de estar ao lado das pessoas certas, que compreendem a verdadeira essência da liberdade, foi inegável.
A fala de Helio, em particular, foi um momento de clímax no painel, provocando um efusivo aplauso da audiência do teatro. Sua posição foi clara e contundente: se alguém na plateia ainda nutria dúvidas sobre o que significa defender a liberdade, ou acreditava que poderia conciliar essa defesa com o apoio ao aborto, ali recebeu uma lição inesquecível. As ideias de liberdade, como Helio salientou com precisão, não compactuam com o assassinato de bebês. Esse momento não foi apenas uma defesa do direito à vida; foi um chamado à coerência, um lembrete de que a verdadeira liberdade exige uma defesa intransigente dos princípios fundamentais que a sustentam. Em um mundo onde as linhas morais são constantemente borradas, Helio e Rodrigo traçaram um limite claro, deixando evidente que a defesa da liberdade é, antes de tudo, uma defesa da vida em sua forma mais pura.
Dando continuidade à Conferência, Nanda Guardian, Felipe Rosa e Rafael Dal Molin subiram ao palco para um painel que abordou com propriedade a emergência de uma nova geração de austríacos brasileiros. Este painel apresentou o poder transformador das ideias libertárias, demonstrando como a Escola Austríaca de Economia não apenas moldou a vida desses jovens pensadores, mas também abriu novos horizontes, tanto no campo acadêmico quanto nas redes sociais, onde o impacto da difusão dessas ideias é sentido com uma força avassaladora.
Nanda, Felipe e Rafael não se limitaram a descrever o impacto pessoal que a Escola Austríaca teve em suas vidas; eles também destacaram como essas ideias, quando corretamente compreendidas e aplicadas, têm o potencial de desbravar novos caminhos profissionais e de oferecer soluções reais em um mundo onde a intervenção estatal e o coletivismo continuam a ameaçar a liberdade individual. Em uma época marcada pela confusão ideológica, onde Milenials e Zoomers são constantemente bombardeados pelos acordes dissonantes e desengonçados do socialismo, a presença desses jovens intelectuais, armados com o conhecimento sólido da teoria econômica austríaca, é um sopro de esperança.
Eles destacaram como a disseminação das ideias de liberdade nas redes sociais tem sido crucial para contrapor a narrativa dominante, que frequentemente glorifica o estatismo e demoniza o livre mercado. A força das redes sociais como ferramenta para a propagação do pensamento austríaco é inegável, e esses jovens mostraram como é possível usar essas plataformas para alcançar mentes que, de outra forma, estariam presas às ilusões promovidas pelo coletivismo. Mais importante ainda, o painel demonstrou que o conhecimento adquirido através da Escola Austríaca não é apenas teórico; ele tem aplicações práticas e pode, de fato, transformar vidas e carreiras.
Em seguida, Adriano Paranaíba introduziu ao palco Sergio Alberich e Paulo Ghedini para um painel que tocou em uma questão fundamental e frequentemente debatida: “Libertários e Conservadores: amigos ou inimigos na luta contra a esquerda?” O tema, por sua natureza, já prometia provocar reflexões profundas, e os palestrantes não decepcionaram. Com uma análise cuidadosa, eles exploraram a possibilidade de uma aliança entre essas duas correntes, mas não deixaram de apontar as fraquezas inerentes ao conservadorismo, especialmente no que tange a aspectos econômicos. O conservadorismo, muitas vezes, tende a se apegar a práticas que, embora bem-intencionadas, não resistem à análise crítica da economia de mercado.
Ghedini trouxe à discussão um projeto audacioso e necessário: a criação do Instituto Libertário Cristão no Brasil, uma organização inspirada no Libertarian Christian Institute dos Estados Unidos. Essa iniciativa, conforme explicado por Ghedini, visa preencher uma lacuna significativa no debate público brasileiro, onde a voz dos cristãos libertários é frequentemente marginalizada ou incompreendida. Ele abordou de forma contundente a questão que muitos evitam: é possível ser cristão e libertário? Sua resposta foi não apenas afirmativa, mas enfática—não existe incompatibilidade entre os dois. Na verdade, ele argumentou, o cristão genuíno, aquele que compreende e vive os ensinamentos de Cristo, é, por definição, um libertário. A liberdade individual, a responsabilidade pessoal e o respeito pela propriedade alheia são princípios profundamente enraizados na fé cristã e, portanto, inseparáveis da filosofia libertária.
Essas palavras me deixaram entusiasmado, pois, como alguém que compartilha dessa visão, foi revigorante ouvir uma defesa tão clara e bem articulada dessa perspectiva. Ao final do painel, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com Ghedini, e nossa troca de ideias foi ainda mais esclarecedora. Lembrei a ele dos apóstolos que, em Atos, recusaram-se a obedecer às ordens das autoridades para cessarem a pregação do Evangelho. Essa resistência ao poder coercitivo do Estado, presente nas Escrituras, reforça a visão de que o governo deve ser visto, no mínimo, com suspeição. O Estado, na narrativa bíblica, é muitas vezes uma força opressiva, e a liberdade em Cristo é uma libertação não apenas espiritual, mas também uma rejeição ao controle tirânico das autoridades terrenas. A conversa com Ghedini reafirmou minha convicção de que o cristianismo e o libertarianismo não apenas coexistem, mas se complementam de forma poderosa. Em um mundo onde o Estado frequentemente busca usurpar o lugar de Deus, reivindicando para si a autoridade absoluta sobre nossas vidas, a mensagem libertária é mais urgente do que nunca. O cristão, portanto, ao defender a liberdade, está também defendendo a soberania de Deus sobre todas as coisas, e isso é algo com o qual eu, sem dúvida, concordo plenamente.
A última palestra da conferência foi ministrada por Fernando Ulrich, com o tema “A Gangorra Cambial”. Como é de seu costume, Ulrich trouxe uma avalanche de dados e estatísticas, apresentados de forma clara e incisiva, tal como faz em suas redes sociais, onde vem alertando seus seguidores há anos sobre os perigos que se avizinham no horizonte econômico. Ulrich encerrou a conferência de maneira brilhante—não apenas com uma “chave de ouro”, mas com uma “chave de Bitcoin”, se é que me faço entender. Ulrich, com a precisão cirúrgica que o caracteriza, destrinchou os males inerentes ao sistema financeiro moderno, um sistema baseado em moedas fiduciárias de curso forçado, sustentado pelas mãos pesadas dos Bancos Centrais. Ele não se conteve ao afirmar o que muitos economistas austríacos vêm proclamando há décadas: este sistema está à beira da insolvência. Alimentado por uma constante impressão de moeda, que é o equivalente moderno à alquimia dos antigos, os Bancos Centrais, em sua arrogância, continuam a inflar bolhas que inevitavelmente estourarão, deixando um rastro de devastação econômica e social.
Os analistas da Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos há muito sabem que essa impressão desenfreada de moeda não é apenas insustentável, mas destrutiva. Ela gera inflação, corrói o poder de compra e, em última análise, empobrece a população—especialmente aqueles menos favorecidos, que veem seus parcos recursos minguarem diante de seus olhos. Ulrich não poderia ter sido mais claro: o abandono do padrão-ouro em favor das moedas fiduciárias foi um erro catastrófico, uma tragédia econômica que gerou crises periódicas, deixando um rastro de miséria por onde passa. Mas ele não parou na crítica; ele apontou a solução com a mesma clareza com que expôs o problema. A resposta, segundo ele, está em uma moeda que reúne todas as qualidades que o ouro sempre ofereceu: durabilidade, portabilidade, divisibilidade, fungibilidade, escassez e aceitação. E essa moeda não é outra senão o Bitcoin. Ulrich argumentou que o Bitcoin possui todas as características que fizeram do ouro um padrão monetário confiável por séculos, mas com as vantagens adicionais que a era digital permite—transparência, segurança e resistência à manipulação estatal.
Depois de ouvir Ulrich, a tentação de abandonar imediatamente os “papéis coloridos” emitidos pelo Banco Central do Brasil em troca de Bitcoin foi quase irresistível. Em um sistema onde as moedas fiduciárias são ferramentas diabólicas do estatismo, usadas para nos aprisionar em uma teia de dívida e inflação, o Bitcoin emerge como uma saída, uma fuga da armadilha estatal e uma chance de recuperar a liberdade financeira. A adoção do Bitcoin é uma forma de resistência ao controle estatal sobre nossas vidas e recursos. Ulrich, ao concluir sua palestra, não apenas encerrou a Conferência, mas deixou no ar uma convocação silenciosa, porém poderosa: é hora de rompermos com o sistema que nos escraviza, é hora de abraçar o futuro da liberdade monetária, é hora de trocar os grilhões das moedas fiduciárias pela chave de Bitcoin. E, francamente, eu não poderia estar mais de acordo.
Para mim, essa Conferência foi mais do que um evento; não foi apenas um reencontro com velhos amigos e colegas de ideais, foi a celebração da razão, da lógica e da defesa intransigente do indivíduo contra as correntes sufocantes do coletivismo. Ficou claro para mim que as ideias são as armas mais poderosas para garantir um futuro mais próspero e livre.
Saí de lá com a certeza renovada de que, apesar dos desafios titânicos que enfrentamos, a luta pela liberdade continua a ser a mais nobre das batalhas. A mensagem foi clara: nossa causa é justa, nossa missão é vital e nossa determinação tem que ser inabalável. Enquanto houver pessoas dispostas a resistir, a questionar, a desafiar o status quo, a chama da liberdade jamais será extinta. A celebração da liberdade que presenciei ali foi, sem dúvida, um marco na contínua jornada em direção a um Brasil mais livre e, por extensão, a um mundo onde o indivíduo é valorizado acima de qualquer ideologia coletivista.
Ao final da Conferência, um clipe especialmente editado foi transmitido, intercalado com entrevistas dos palestrantes e dos membros do conselho do Instituto Mises Brasil. Seguiu-se uma animada sessão de fotos, onde todos partilharam momentos de confraternização e celebração.
Nesse ambiente caloroso e vibrante, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com Helio Beltrão. Com sinceridade, manifestei minha gratidão por sua visão e determinação na fundação do IMB. Reafirmei meu compromisso, garantindo-lhe que poderá sempre contar com minhas orações e meu apoio constante. Confessei sentir-me em dívida com ele, não apenas por idealizar e criar o Instituto, mas por dedicar tempo, recursos e energia a uma ideia transformadora, que tem impactado vidas e despertado consciências em todo o Brasil. Encerrei desejando-lhe grande sucesso nos desafios futuros.
___________________________________________________
Por Isaias Lobão
Publicado originalmente em: https://encurtador.com.br/V4RuA