Operações da estrutura que será conhecida como Deep Sky Labs devem começar a partir de dezembro deste ano, em Innisfail, no Canadá
Para barrar o avanço das mudanças climáticas, limitar as emissões de dióxido de carbono e preservar as florestas é um consenso entre os especilistas. Adicionando mais uma forma de captura nessa equação, a empresa canadense Deep Sky está construindo o primeiro laboratório de captura do gás ligado ao efeito estufa. As operações da estrutura que será conhecida como Deep Sky Labs devem começar a partir de dezembro deste ano, na cidade de Innisfail, no Canadá.
No primeiro estágio de funcionamento do centro de captura de CO₂, a meta será armazenar cerca de 3 mil toneladas por ano do gás, o que equivale a produção anual média de cerca de 230 canadenses. O impacto ambiental ainda é bem limitado, mas os desenvolvedores acreditam que este é apenas o primeiro passo e estão otimistas. “Esta primeira instalação representa um passo gigante para a saúde do nosso planeta e da nossa economia”, defende Damien Steel, CEO da Deep Sky, em nota sobre a iniciativa pioneira.
Conforme o laboratório crescer e a capacidade de captura for ampliada, a expectativa é vender créditos de remoção de carbono para que outras empresas consigam zerar suas emissões. As moléculas de dióxido de carbono são capturadas diretamente da atmosfera, com a ajuda de ventiladores que empurram o ar sobre partículas sólidas adsorventes ou sorventes líquidos. Em seguida, esses materiais são aquecidos ou eletricamente carregados para liberar o gás capturado.
Após a filtragem, o carbono é literalmente enterrado (armazenamento geológico) em rochas ultramáficas e aquíferos salinos, dependendo da estrutura de cada região em que o laboratório é instalado. No caso da operação canadense, o foco serão os aquíferos. No subsolo, o carbono poderá ser contido por milhares de anos.
Diferentes estratégias e tecnologias de retenção de carbono serão testadas simultaneamente no local. Isso permitirá que a equipe chegue a uma fórmula perfeita para ser ampliada e, por isso, a empreitada recebe o nome de laboratório, já que é ainda um ambiente de testes para um futuro carbon free.
