Montadora sul-coreana quer expandir sua linha em meio à desaceleração no mercado de elétricos
A Hyundai Motor anunciou nesta quarta-feira (28) que pretende elevar suas vendas globais anuais para 5,55 milhões de veículos até 2030, representando um crescimento de 30% em relação ao ano passado. Para alcançar essa meta, a montadora planeja dobrar sua linha de veículos híbridos, uma resposta estratégica à desaceleração na demanda por veículos elétricos.
Classificada como a terceira maior montadora do mundo em vendas, ao lado de sua afiliada Kia Corp, a Hyundai manteve sua meta de vender 2 milhões de veículos elétricos até 2030. No entanto, a empresa revisou para cima sua projeção de vendas de veículos híbridos, agora estimada em 1,33 milhão de unidades até 2028, um aumento de 40%.
“Recentemente, a velocidade de conversão para veículos elétricos está diminuindo. Como resultado, a demanda por híbridos está aumentando, e os híbridos estão se tornando uma opção básica em vez de uma alternativa aos motores de combustão interna”, afirmou o presidente-executivo da Hyundai Motor, Jaehoon Chang.
A Hyunda afirmou planejar dobrar sua linha de híbridos para 14 modelos, pois espera um aumento na demanda por essa motorização, especialmente na América do Norte. A empresa não forneceu um cronograma para o lançamento dos novos carros.
Veículo elétrico de alcance estendido
A mudança da Hyundai para se concentrar mais em veículos híbridos está alinhada com as iniciativas das rivais Toyota e Ford. Contudo, a Hyundai está seguindo um caminho diferente de seus pares globais, expandindo para um segmento híbrido relativamente novo chamado de veículo elétrico de alcance estendido (EREV), que é popular na China, o maior mercado automotivo do mundo, mas que ainda não ganhou força globalmente.
Um EREV usa uma bateria maior do que os híbridos plug-in e funciona apenas com eletricidade, com seu motor a gasolina servindo como um gerador para recarregar as baterias que alimentam o propulsor elétrico.
A Hyundai planeja iniciar a produção em massa de modelos EREV na América do Norte e na China até o final de 2026, que oferecerão competitividade de preço em relação aos elétricos e uma autonomia de mais de 900 quilômetros quando totalmente carregados.
A empresa também anunciou que oferecerá suas plataformas e tecnologia de veículos de direção autônoma para empresas que queiram fabricar esses veículos.
“Ao lançar híbridos, elétricos e EREVs diferenciados de outras marcas, planejamos melhorar a lucratividade média e as margens operacionais de cada trem de força”, afirmou o diretor financeiro, Seung Jo Lee.
“Continuaremos a seguir uma estratégia orientada para o lucro para alcançar uma margem operacional de médio e longo prazos de 10% ou mais, que é a base para a expansão da política de retorno aos acionistas”, completou Lee.
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