Falta é atribuída ao aumento da demanda por medicamentos GLP-1 e a limitações de capacidade em algumas de suas unidades de fabricação
A Novo Nordisk, gigante farmacêutica dinamarquesa, anunciou que seu popular medicamento para diabetes, Ozempic, enfrentará uma escassez ainda maior neste ano. Em nota divulgada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a empresa revelou que a situação de fornecimento das doses mais baixas de Ozempic deve se deteriorar ainda mais no quarto trimestre de 2024. A escassez é atribuída ao aumento da demanda por medicamentos GLP-1 e a limitações de capacidade em algumas de suas unidades de fabricação.
Para enfrentar o problema, a Novo Nordisk planeja investir pesadamente em infraestrutura, destinando US$ 6,7 bilhões em novos equipamentos este ano, um aumento significativo em relação aos US$ 3,7 bilhões investidos em 2023. A empresa também recomendou que os profissionais de saúde limitem o início de tratamento com Ozempic para novos pacientes até que a situação de fornecimento melhore, o que é esperado para começar a se normalizar a partir de setembro.
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) continua listando várias doses de Ozempic e Wegovy – o medicamento para perda de peso comercializado sob o mesmo princípio ativo – como escassos. No momento, apenas a dose inicial de 0,25 mg de Wegovy é considerada com fornecimento limitado, e a duração da escassez ainda não foi determinada.
Além disso, a Novo Nordisk está restringindo as remessas dessa dose de Wegovy para garantir que pacientes que já estão em tratamento possam continuar a receber o medicamento.
Em resposta à crescente demanda, a concorrente Eli Lilly anunciou na semana passada a introdução de seu medicamento para perda de peso, Zepbound, em frascos de dose única. Esta medida visa atender à alta demanda e minimizar a escassez enfrentada por muitos pacientes em busca de alternativas para a perda de peso e controle glicêmico.
O que MR publicou