Mercado endereçável desse segmento no Brasil é de R$ 500 bilhões anuais
O FitBank, fintech focada em serviços de banking as a service (BaaS), anunciou a compra de 100% do Rodobank, uma plataforma financeira voltada ao transporte rodoviário de cargas. A aquisição faz parte de uma estratégia de expansão do FitBank, que já opera em países como México e na América Central e processa mais de R$ 15 bilhões por mês. O valor do negócio não foi revelado.
Segundo Otavio Farah (imagem), sócio-fundador e CEO do FitBank, “a aquisição do Rodobank é um passo estratégico em nossa visão de longo prazo”. O mercado de transporte rodoviário de cargas, em que a fintech entra com essa compra, é avaliado em mais de US$ 100 bilhões.
O Rodobank, que já possui 300 mil caminhoneiros cadastrados, espera dobrar sua base de clientes até o final do ano. A meta é processar R$ 3,5 bilhões em transações em 2024.
O mercado endereçável desse segmento no Brasil é de R$ 500 bilhões anuais. Na disputa por uma fatia desse bolo, o Rodobank fornece a infraestrutura para que seus clientes ofereçam pagamentos de frete, pedágio, salários, combustível e gestão de frota.
Esse portfólio inclui ainda serviços como a gestão dessas operações na ponta. Com esse modelo, a empresa tem cerca de 60 clientes, processa aproximadamente 1,5 milhão de transações por mês e movimentou, em 2023, R$ 2 bilhões. Para esse ano, a projeção é chegar a um volume de R$ 3,5 bilhões.
A plataforma do FitBank, por sua vez, está por trás de produtos bancários de uma carteira de 220 clientes – entre eles, o próprio Rodobank -, distribuídos em 25 setores da economia. A partir dessa base, a fintech registra, por mês, uma média de 145 milhões transações, que movimentam cerca de R$ 17 bilhões.
A área de negócios do Rodobank seguirá atuando de forma independente. Em contrapartida, os 30 profissionais que compõem o seu time de tecnologia serão incorporados à equipe do FitBank, formada por 500 pessoas.
Rafael Fridman, CEO do Rodobank, destacou que a parceria com o FitBank permitirá a ampliação da capacidade de escala da empresa, oferecendo soluções mais eficientes e personalizadas para o pagamento de fretes, abastecimento e despesas de transporte. “Juntos, reduziremos as ineficiências no mercado, gerando mais lucro para toda a cadeia”, afirmou Fridman.