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O que líderes empresariais querem para a Amazônia

Documentos reúnem contribuições para o debate sobre a revitalização de ecossistemas florestais e as estratégias para a recuperação sustentável de áreas degradadas

Na esteira do Brazil Climate Summit, evento que tem como propósito enaltecer o papel das soluções e negócios brasileiros e contribuir para o desafio global de transição para uma economia de baixo carbono, líderes do setor empresarial brasileiro lançaram dois documentos com reflexões relevantes voltados à restauração de florestas tropicais, reforçando o compromisso do país com a sustentabilidade e a mitigação das mudanças climáticas.

A divulgação dos documentos ocorreu no espaço The Forum, da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). O encontro reuniu cerca de 40 representantes e foi dividido em três grandes blocos: desafios, oferta e a agenda institucional e operacional de políticas públicas.

Além disso, contou com dois objetivos. O primeiro foi ampliar a comunicação entre os grupos que ofertam projetos de recuperação florestal, aqueles que os demandam e compram, e os responsáveis por políticas públicas. O segundo foi promover um reality check, facilitando a discussão de temas relevantes e a formulação de reflexões e caminhos estratégicos para a recuperação sustentável das florestas.
As publicações trazem contribuições significativas para o debate sobre a revitalização de ecossistemas florestais e as estratégias para a recuperação sustentável das áreas degradadas.

O primeiro material, intitulado “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil”, concentra-se no reflorestamento com espécies nativas, destacando os desafios e as oportunidades nesse campo, além de ressaltar o papel das empresas em pesquisa e desenvolvimento de soluções sustentáveis.

O documento tem como objetivo contribuir para os avanços necessários no ambiente institucional, de modo que a restauração florestal se torne uma agenda robusta e atrativa para investimentos. Isso envolve o desenvolvimento de temas como a formação de mercado, governança, padronização de operações, aspectos fiscais e tributários, Pesquisa & Desenvolvimento e advocacy, sempre em colaboração com políticas públicas e alinhado às ambições climáticas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris, bem como a outros desafios internacionais, como o Bonn Challenge, a New York Declaration on Forests (NYDF), a Iniciativa 20×20, a Glasgow Leaders’ Declaration on Forests and Land Use, além de compromissos relacionados à biodiversidade.

Já o segundo, “Uma Contribuição para o Reflorestamento com Espécies Nativas no Brasil”, explora o assunto como uma ferramenta essencial na mitigação das mudanças climáticas e melhorar a qualidade ambiental global. Vem a contribuir para o fortalecimento do setor de reflorestamento com espécies nativas no Brasil, que assumiu a meta de recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, alinhando as práticas e experiências relatadas com o cumprimento dos compromissos ambientais e climáticos do País.

As experiências documentadas foram acumuladas por ex-gestores de projetos de reflorestamento em larga escala – abrangendo cerca de 40 mil hectares – realizados em estados como Pará, Minas Gerais e Espírito Santo, entre 2008 e 2022. São profissionais com experiência em gestão e operações florestais, trazendo vasto conhecimento técnico e prático desenvolvido ao longo de anos de atuação no planejamento, implementação, manutenção e avaliação de projetos, adaptados a diferentes condições geográficas e socioeconômicas.

Entre os nomes importantes envolvidos no projeto estão: Roberto Waack, presidente do conselho do Instituto Arapyaú; Mariana Barbosa, diretora Jurídica e Relações Institucionais da re.green; Jorge Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central; Cândido Bracher, integrante do Conselho de Administração do Itaú Unibanco; Jorge Hargrave, diretor da Maraé Investimentos, entre outros.

Entre as empresas envolvidas estão: Belterra, Biofílica, Biomas, EB Capital, IPÊ, Itaú, Itaúsa, Leste, Maraé, Marfrig, Mombak, Pátria, Rabobank, re.green, Safra, Santander, Suzano, Symbiosis, UBS e Vale.

Confira os documentos:

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