A violência tomou conta de um debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, quando o marqueteiro Duda Lima, que trabalha para a campanha do prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), foi agredido por Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB). O incidente ocorreu durante o debate organizado pelo Grupo Flow, na noite de segunda-feira (23).
Duda Lima precisou receber seis pontos próximos ao olho esquerdo após ser socado por Medina sem razão aparente – não que precisasse. O registro foi escolhido a Imagem da Semana por MONEY REPORT. O marqueteiro já havia solicitado uma medida protetiva contra o agressor, e, após o ocorrido, a Polícia Civil agiu rapidamente, colhendo depoimentos, ouvindo testemunhas e analisando imagens do incidente. Com base nisso, foi a Justiça aceitou a proibição de Medina de se aproximar ou entrar em contato com Lima, além de restrições em locais públicos e nas redes sociais.
A delegada responsável pelo caso, Eliane Tomé Bellagamba, justificou o pedido de medida protetiva como necessário para “resguardar a ordem pública, assegurar a tranquilidade do pleito eleitoral e proteger a integridade física e psicológica” do marqueteiro.
O episódio instante logo após Pablo Marçal ser expulso do debate por infringir regras ao usar apelidos pejorativos contra Ricardo Nunes e prometer, se eleito, prender o atual prefeito – o que não é atribuição do Executivo municipal. No momento da confusão, Medina tentou filmar a expulsão de Marçal com o celular. Testemunhas relataram que Lima afastou o aparelho de seu rosto. Em resposta, Medina o atacou com um soco enquanto a vítima olhava para o chão.
Em depoimento à polícia, Medina alegou que agiu em defesa própria e não se lesionou durante o confronto. Segundo ele, a agressão foi uma reação instintiva após Lima tentar tirar o celular de suas mãos.
Os detalhes narrados apenas expõem o preocupante nível de agressividade que tirou o debate político de cena para colocar no lugar vídeos curtos que alimentam as redes sociais e ganham o noticiário. Além de alarmante, o episódio reforça a necessidade de campanhas mais responsáveis e atenção da Justiça Eleitoral.