Abramed mapeou que brasileiros fizeram 6,7 bilhões de procedimentos, 3,27 bilhões de exames e 1,73 bilhão de consultas em 2023
Relatório da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) obtido nesta semana com exclusividade por MONEY REPORT mostra que as empresas associadas à entidade realizaram mais de 972 milhões de exames em 2023. O volume representa 80% do executado em todo sistema de saúde suplementar no Brasil. Essas empresas alcançaram um faturamento de mais de R$ 26,4 bilhões e empregaram mais de 107 mil colaboradores. Além disso, 64% investiram em novos modelos de negócios, enquanto 69% firmaram parcerias com startups, sinalizando um forte movimento de inovação e adaptação às novas tecnologias. Os dados constam na 6ª edição do “Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico”. Confira os principais resultados:
Receita bruta
- 2023: R$ 26,4 bilhões
- 2022: R$ 24 bilhões
Exames em 2023
- Saúde suplementar: 1,2 bilhão;
- Abramed: 973 milhões;
- Sistema Único de Saúde (SUS): 1,1 bilhão
Internações
- 22 milhões (SUS e saúde suplementar)
Procedimentos
- SUS: 4,7 bilhões;
- Saúde suplementar: 2 bilhões;
- Total: 6,7 bilhões (média de mais de 30 procedimentos por habitante)
Consultas
- 1,44 bilhão (SUS) e 292 milhões (saúde suplementar)
Estabelecimentos
- 558 centrais de imagem;
- 124 centrais de execução;
- 266 laboratórios em hospitais
Fontes de receita
- Planos de saúde: 74%;
- Lab to lab: 30%;
- Particulares: 13%;
- Público: 4%
Despesas e custos
- Pessoal: 33,6%;
- Materiais: 23,5%;
- Contratos de apoio e logística: 8,4%
Média de recusas mensais de pagamento
- Inicial: 3,6%;
- Final: 3%;
- Não paga: 2%;
- Prazo médio de recebimento das operadoras de planos de saúde: 57 dias
Equipamentos
- Transdutores (ultrassom): 2.424;
- Ressonância magnética: 681;
- Tomógrafos: 212;
- Mamógrafos: 351
“O Painel Abramed oferece insights tanto para empresas e prestadores de serviços que desejam desenvolver estratégias alinhadas às necessidades reais do sistema, quanto para investidores que buscam uma compreensão aprofundada do mercado”, afirma Milva Pagano, diretora-executiva da entidade.
Mais um destaque desta edição é a inclusão de dados segmentados por estado. O estudo apontou que a associação está presente em 17 das 27 Unidades Federativas do Brasil, com uma representatividade expressiva de 63% do mercado nacional. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentam as maiores coberturas, com 93%, 57% e 50%, respectivamente.
“No mercado de saúde brasileiro, a medicina diagnóstica é frequentemente apontada como um dos principais responsáveis pelo aumento das despesas assistenciais, um ofensor dos custos da saúde suplementar, mas ocorre justamente o oposto. O setor é um dos maiores aliados na sustentabilidade do sistema de saúde”, comenta Ademar Paes Junior, membro do conselho de administração da Abramed e coordenador do Painel.
Já a taxa de no-show, ou seja, quando o paciente não comparece ao exame agendado e não desmarca, aumentou significativamente em relação ao ano passado, de 16% para 19%. “Estamos enfrentando o desafio de reduzir esse número, já que ele tem um impacto financeiro considerável. Além disso, temos nos empenhado nos últimos anos para diminuir a taxa de laudos não acessados. Em 2021, era de 4,1%, e conseguimos reduzi-la a 3,8%, em 2023”, aponta Ademar.
Segundo a sexta edição do Painel Abramed, o custo médio da medicina diagnóstica se manteve praticamente estável ao longo dos últimos cinco anos, o que é um dado relevante. Em 2023, a participação dos exames nas despesas associadas, que era de 22,9%, em 2018, caiu para 21,1%. Isso mostra que, apesar do aumento no volume de exames, não houve um aumento na participação nas despesas.
Confira na íntegra o 6º Painel Abramed – o DNA do Diagnóstico. O documento também pode ser baixado gratuitamente.