Para o economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini, a situação política e econômica brasileira pode ser definida como um “otimismo mínimo” ou um “baixo pessimismo”. Pelo que ele ouviu dos conselheiros econômicos dos quatro principais candidatos (Lula/Haddad, Marina, Alckmin e Bolsonaro), todos estão comprometidos com reformas para um ajuste fiscal mínimo. “Até o Congresso sabe que é preciso fazer algo”, diz. Mas há dois problemas. O primeiro é que os parlamentares não vão aprovar reformas profundas e que ataquem, de fato, os rombos das contas públicas. E o segundo é que essas reformas servem apenas para evitar o agravamento dos problemas. “O país não discute as medidas para aumentar a produtividade que, efetivamente, têm impacto positivo no PIB”, diz Buccini. “Não dá para esperar um crescimento do PIB de 4% nos próximos anos.” Para 2019, a Rio Bravo prevê alta de 2,5% – isso no cenário mais otimista.