Boletim de MR sobre medicina, pesquisa, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas
Caminhadas com paradas são melhores para manter a forma
Testes feitos com os participantes descobriram que caminhar ou subir escadas em períodos de 10 a 30 segundos exigia de 20 a 60% mais oxigênio do que fazer a mesma distância em uma sessão contínua.
Durante as sessões de exercícios, os pesquisadores registraram quanto oxigênio cada pessoa consumiu e calcularam as demandas metabólicas para as caminhadas. Eles descobriram que mais energia era necessária no início de cada caminhada, para começar e aquecer o corpo, do que mais tarde, quando o corpo já estava trabalhando de forma mais eficiente.
As medições dos participantes nas máquinas de exercícios revelaram que, nos estágios iniciais de uma caminhada, as pessoas são menos eficientes em converter oxigênio e energia em movimento efetivo, mas isso melhora à medida que elas aceleram o passo.
O trabalho reforça o conhecimento dos benefícios à saúde de caminhadas curtas e subir escadas aos pulos, particularmente para pessoas que são amplamente sedentárias.
8 por 12 deixou de ser pressão boa. Entenda
O Congresso Europeu de Cardiologia, que aconteceu em Londres, no Reino Unido, divulgou novas diretrizes de hipertensão.
A classificação da pressão normal deixou de ser o tradicional 12 por 8 para o 12 por 7.
A mudança acontece com o objetivo de aumentar o tratamento em estágios iniciais para que a pressão arterial fique dentro da meta em pessoas com um risco maior de doenças cardiovasculares.
Evite a ortossonia
A ortossônia, termo médico para uma obsessão doentia em atingir o sono perfeito, mostrou que, ironicamente, ficar vidrado em seus dados de sono noturno pode realmente piorar sua insônia. O termo foi cunhado por pesquisadores dos EUA em um estudo publicado no
Journal of Clinical Sleep Medicine.
Os cientistas observaram como algumas pessoas passavam muito tempo na cama tentando aperfeiçoar sua pontuação, enquanto outras sentiam ansiedade por não atingir um desempenho de sono bom o suficiente.
O que MR publicou
Variante da covid surge na cidade do Rio
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio informou que foram detectados dois casos da nova linhagem XEC do vírus Sars-CoV-2 da Covid-19. Ambos moram na capital fluminense e não viajaram para fora do país recentemente.
O primeiro paciente é um homem de 45 anos, que começou a apresentar sintomas em 9 de setembro. A segunda é uma mulher de 61 anos que teve os primeiros sinais em 11 de setembro. Ambos se curaram da doença depois de sintomas leves, parecidos com o de um resfriado.
Fiocruz quer produzir vacina contra dengue
A Fundação Oswaldo Cruz formalizou um pedido ao Ministério da Saúde para desenvolver uma vacina contra a dengue no país. Caso aceita, a produção será da vacina Qdenga, da fabricante japonesa Takeda, por meio de um acordo de transferência de tecnologia na modalidade Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).
O imunizante teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização da vacina no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do ano passado, o ministério anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS). A Qdenga deve ser administrada em esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas – esquema vacinal atualmente adotado no Brasil.
Vacina contra hanseníase será testada em 54 voluntários no Brasil
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será responsável por liderar um teste clínico para desenvolver uma vacina contra a hanseníase. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (14) a realização dos testes em humanos, e, se a pesquisa obtiver as respostas desejadas, esse pode ser o caminho para a população brasileira contar com uma vacina gratuita contra a doença.
Antes de chegar a etapa de estudos em humanos no Brasil, que contará com 54 voluntários, a vacina já teve sua segurança demonstrada em testes em 24 pessoas sadias nos Estados Unidos. O estudo mostrou a segurança da vacina, sem nenhum registro de evento adverso grave. Também apontou imunogenicidade, ou seja, capacidade de estimular a resposta imunológica.
Transplantes são seguros e salvam vidas, dizem entidades
a notícia que pacientes que fizeram transplantes no Rio de Janeiro foram infectados por HIV é inédito. Assim que foi noticiado, prontamente entidades médicas e de outras categorias ligadas à saúde, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) e Ministério da Saúde saíram em defesa do Sistema Nacional de Transplantes.
Entre as entidades estão a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “É um sistema que funciona há décadas e que tem possibilitado a recuperação da visão de milhares de pessoas no país inteiro. O nosso sistema de transplante, no caso de córnea, ele é reconhecidamente um dos melhores do mundo”, diz o presidente da entidade, José Álvaro.
O Sistema Nacional de Transplantes é considerado o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. Ele é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que, por sua vez, é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
O transplante de órgãos pode salvar vidas em caso de órgãos vitais como o coração, bem como devolver a qualidade de vida, quando o órgão transplantado não é vital, como os rins. Com o transplante, é possível ter um prolongamento da expectativa de vida, permitindo o restabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais.