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Câmara aprova que prefeituras fiscalizem serviços de energia

Aprovado com urgência, projeto segue para aprovação ou revisão no Senado. Nova tempestade deve atingir São Paulo

Seis dias depois do apagão que deixou até 3,1 milhões de pessoas sem luz na cidade São Paulo, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (17), em regime de urgência, um projeto de lei (PL) que concede aos municípios mais poderes de fiscalização e controle sobre os serviços de fornecimento de energia elétrica. A matéria agora será analisada pelo Senado Federal.

O Projeto de Lei 1.272 altera outras duas leis anteriores: a que estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões de serviços públicos (Lei 9.074 de 1995), e a que instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por regular e fiscalizar o setor no país. Junto com a prefeitura paulistana e a concessionária Enel, a Aneel é considerada responsável, já que as fiscalizações foram ineficazes, assim como as cobranças de providências.

A iniciativa partiu do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), desgastado com o apagão às vésperas da eleição e diante da forte possibilidade da cidade ser atingida novamente por fortes chuvas no início deste final de semana. Nunes recebeu apoio do líder Baleia Rossi (MDB-SP), que negociou o regime de urgência.

De acordo com o relator, o deputado Cleber Verde (MDB-MA), são os municípios que têm mais condições de fiscalizar e controlar os serviços de energia elétrica nos seus territórios. “O atual modelo de centralização na União e na Aneel tem se revelado insuficiente para garantir um atendimento eficaz. O apagão que afetou 15 dos 16 municípios do Amapá em 2023, além de episódios de falta de energia em São Paulo e no Rio de Janeiro, são provas claras de que o sistema atual precisa ser reformado”, afirmou o parlamentar.

O texto do projeto estabelece que “[a União] poderá, mediante convênio de cooperação, credenciar os Estados, o Distrito Federal e os municípios a realizarem atividades complementares de fiscalização e controle dos serviços prestados nos respectivos territórios, bastando, para tanto, a manifestação de vontade dos entes federados”.

Atualmente, os convênios para fiscalização complementar são permitidos apenas com os estados e o Distrito Federal.

Em outro dispositivo, o projeto ainda determina que o Distrito Federal (DF) e os municípios devem se manifestar durante os processos de concessão e prorrogação das concessões para o fornecimento de energia elétrica.

Apagão

Na última sexta-feira (11), fortes chuvas e vendavais derrubaram a energia de diversas partes da cidade de São Paulo. No ápice, 3,1 milhões de habitantes ficaram sem luz, sendo a concessionária responsável, a Enel. O restabelecimento da energia tem sido demorado e milhares de pessoas passaram dias sem energia elétrica. 

Ainda nesta quinta-feira (17), a empresa afirmou que havia solucionado o problema, porém 36 mil clientes ainda estava sem energia elétrica na cidade. Além disso, ainda há milhares de galhos e troncos caídos ou instáveis, ameaçando a fiação exposta, o que poderá criar um novo apagão. Essa situação levou a um jogo de empurra entre as autoridades sobre a responsabilidade sobre o apagão na maior cidade do país.

A distribuição de energia elétrica em São Paulo foi privatizada em 1998. Atualmente, o serviço é responsabilidade da empresa de origem italiana Enel, que adquiriu a concessão em 2018. 

(Agência Brasil)

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