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Eve ganha o empurrão que faltava para decolar seus eVTOLs

Os R$ 500 milhões para a fábrica de Taubaté (SP) chegam ancorados pelas 2,9 mil cartas de compra assinadas em 13 países. A receita potencial de US$ 14,5 bilhões é uma vitória antecipada do CEO Johann Bordais

MONEY REPORT elegeu como A Tacada da semana a captação de R$ 500 milhões pela Eve Air Mobility para o desenvolvimento, em Tautabé (SP), de sua primeira unidade de produção das novíssimas aeronaves elétricas autônomas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), que funcionarão como carros voadores. Os recursos virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e darão o impulso de decolagem que a subsidiária futurista de mobilidade aérea urbana da Embraer precisa. Os primeiros aparelhos devem ser entregues a partir de 2025, já que a regulamentação para operação deve sair no Brasil até o final do ano.

Não se trata de nenhuma aventura financiada com dinheiro público. A Eve lidera a corrida do eVTOL de largo emprego, com a mais robusta carteira de intenções de compra do setor. São 2,9 mil interessados em 13 países, o que representa um potencial de receita de US$ 14,5 bilhões que irrigarão uma fábrica capaz de produzir 480 unidades por ano quando no ápice. O financiamento cobre só uma parte, o que deve proporcionar um gradualismo sustentável de capital à medida que o mercado ganha corpo.

Esse movimento estratégico é liderado por Johann Bordais (na imagem), CEO da Eve desde setembro de 2023 e que atua na Embraer desde 2000. O executivo foi fundamental na transformação da unidade de serviços e suporte de aeronaves em um dos negócios mais lucrativos da companhia.

Agora sua missão é fazer o futuro virar realidade em pouco tempo, já que há concorrentes de sobra: nos Estados Unidos, com Boeing, Archer, Joby, Opener BlackFly; na Europa, onde atuam Airbus, AgustaWestland Project Zero, Lilium, Jetson One, Pipistrel, Vertical, Volocopter; na Turquia, com a fabricante de drones militares Baykar; no Japão, com Honda e Toyota; e Coreia do Sul, com Hyundai.

“Estamos profundamente gratos pelo apoio e confiança contínuos que o BNDES demonstrou à Eve, enquanto avançamos em nossa missão de reimaginar a mobilidade através de experiências de voo urbano eficientes e sustentáveis. Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção de eVTOL, que não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também será alimentada por energia limpa e renovável”, afirmou Bordais.

O eVTOL de projeto brasileiro utiliza oito rotores nas asas dedicados para voo vertical e um propulsor na traseira da fuselagem (no destaque) para deslocamento horizontal. Para facilitar a manutenção, os motores são fixos, alimentados por sistemas elétricos duplos que fornecem redundância de energia, o que garantiria desempenho, segurança, custos reduzidos e baixo nível de ruído.

Além de lançar seu primeiro protótipo em escala real em julho deste ano, a empresa selecionou todos os principais fornecedores de seu eVTOL, garantindo uma cadeia internacional de parceiros.

Para quem acha que voar sobre as principais cidades do mundo em um helicóptero com asas sem piloto, fica a informação sobre o preço. Uma viagem da Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão, no Rio, levaria cerca de 10 minutos ao um custo próximo de R$ 100 e sem emissão de CO2.

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