Ainda com uma balança restrita, ministro Todd McClay destaca o potencial de expansão em agrotech, tecnologia e manufatura avançada durante visita
Em busca de novos mercados e oportunidades de crescimento, a Nova Zelândia tem direcionado seus esforços para o Brasil, uma opção de diversificação em um momento de tensão comercial entre os principais parceiros do país, Estados Unidos e China, o que pode afetar a balança do país. Com um histórico de inovação no agronegócio e uma forte reputação em tecnologia, empresas neozelandesas estão enxergando no Brasil um terreno fértil.
A visita do Ministro da Agricultura e Comércio da Nova Zelândia, Todd McClay, ao Brasil, serviu como um marco importante para fortalecer os laços entre os dois países. Na quarta-feira (23), McClay anunciou que seu país pretende dobrar o valor das exportações neozelandesas para o Brasil nos próximos dez anos.
Cerca de 40 empresas devem abrir representações por aqui. O agro se destaca como um dos setores com maior potencial de crescimento. Empresas como a LIC, de agrotecnologia e melhoramento de rebanhos, e a Gallagher Animal Management, de soluções de gestão animal, já estão presentes. Além do agronegócio, há empresas como a Seequent, de software de modelagem da terra, e a Tait Communications, de soluções em comunicação.
Da parte do Brasil, as exportações crescem e houve uma mudança de produtos, ainda que o volume seja mínimo – só 0,03% das exportações. Em 2023, o Brasil vendeu US$ 116 milhões (soja minério de ferro, derivados de petróleo, açúcares e melaços e carne bovina) para a Nova Zelândia, importando meros US$ 86,5 milhões.
“Este é o momento certo para explorar maneiras de melhorar ainda mais nossas conexões e demonstrar nosso comprometimento com o Brasil. Também estamos ansiosos para trabalhar em estreita colaboração com o Brasil sobre mudanças climáticas como anfitrião da COP30 no ano que vem”, afirmou McClay