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Ata reafirma que aperto nos juros se manterá até pressão inflacionária passar

Copom indica confiança baseada em “mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito às famílias”, o que manteria o consumo

A ata do Comitê de Política Econômica (Copom), divulgada nesta terça-feira (12), sedimenta a decisão pelo aumento dos juros básicos da economia (Selic) para 11,25% ao ano, citando cenário de cautela. O documento afirma que há um “cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”.

Sobre o ambiente interno, os integrantes do Copom citaram “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo”. O termo dinamismo pode ser considerado um eufemismo para instabilidades preocupantes com a elevação dos preços, mas que até podem resultar em melhoras. “A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes. As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6% e 4,0%, respectivamente”, informa a ata, para alguns parágrafos adiante, oferecer outra possibilidade mais positiva: “A conjunção de um mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito às famílias segue indicando um suporte ao consumo e consequentemente à demanda agregada. Em síntese, não se observa alteração relevante no cenário de crescimento prospectivo em relação à reunião anterior.”

O Copom deixa claro que passado o período instável de viés inflacionário, os juros irão cair: “O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

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