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Favelas no G20; barreiras para mães; economia devastada

Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios



Cufa lança documento do G20 Favelas

A Central Única das Favela (Cufa) divulgou o Communiqué do G20 Favelas no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O documento que será levado aos líderes do G20 e aborda temas como infraestrutura, discriminação, sustentabilidade, desenvolvimento humano, emergência climática, violência policial e urbanização nas comunidades. Fruto de mais de 3 mil conferências em 49 países, realizadas em comunidades ribeirinhas, terreiros e escolas, o trabalho foi organizado pela Cufa, Frente Nacional Antirracista e Frente Parlamentar de Defesa das Favelas para destacar as demandas dos moradores de comunidades nas discussões globais.

COP29 enfrenta incertezas sobre financiamentos

A 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29) começou em Baku, Azerbaijão, com expectativas em torno do financiamento climático, mas também com incertezas sobre a definição de valores e fontes de recursos. Liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a delegação brasileira busca avanços na criação de uma nova meta financeira global, substituindo o atual compromisso de US$ 100 bilhões anuais, que expira em 2025. Especialistas apontam que US$ 1 trilhão anuais seriam necessário para uma transição eficaz, metade vinda do setor público e metade do privado. Cresce o apelo para que países como China e Arábia Saudita também contribuam.

Brasileiros acham que economia pode ser devastada pelo clima

Uma pesquisa do Instituto Climainfo revelou que 91% dos brasileiros acreditam que a economia brasileira pode ser devastada se os eventos climáticos se agravarem. O levantamento, que ouviu 2 mil pessoas, também apontou que 79% desejam que o Brasil lidere a transição energética global, enquanto 64% defendem o fim do uso de combustíveis fósseis. Quase todos os entrevistados (97%) apoiam o fim do desmatamento até 2030, embora 81% acreditem, de forma incorreta, que a prática é a principal causa da mudança climática. Além disso, 71% dos brasileiros acham possível parar de queimar combustíveis fósseis até 2050, e 72% responsabilizam empresas do setor por eventos extremos, reforçando a percepção de que a transição energética representa uma oportunidade econômica, como destacou Delcio Rodrigues, diretor do Instituto Climainfo.

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Estudos propõem justiça climática para saúde e moda

O Pacto Global da ONU – Rede Brasil lançou estudos direcionados aos setores de saúde e moda, propondo diretrizes para integrar justiça climática nas estratégias empresariais, visando reduzir emissões e proteger populações vulneráveis. No setor de moda, que responde por até 10% das emissões globais de carbono, o relatório incentiva a adoção de práticas sustentáveis, como economia circular e inclusão social, enquanto na saúde a recomendação é fortalecer a resiliência dos sistemas frente aos eventos extremos e compartilhar conhecimento em áreas de menor acesso a recursos para uma resposta integrada e eficiente à crise.

Matérias-primas para energia limpa podem virar poluição

A um ano da COP30, especialistas enfatizam a importância da economia circular para mitigar as mudanças climáticas, destacando que novas tecnologias devem ser projetadas pensando no destino dos materiais após a vida útil. Durante o festival REC’n’Play, a pesquisadora Beatriz Luz, do Instituto Brasileiro de Economia Circular, reforçou a necessidade de integrar reciclagem e reutilização nos processos de produção, citando a responsabilidade em tecnologias como painéis solares e turbinas eólicas. Segundo o economista Arno Behrens, do Banco Mundial, a circularidade pode reduzir significativamente as emissões de CO₂, enquanto Kari Herlevi, especialista finlandês, aponta o Brasil como exemplo de inovação sustentável para o mundo, com iniciativas como o Brazilian Circular Hotspot, que evidencia o potencial das soluções tropicais.


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Mães empreendedoras enfrentam barreiras no mercado

O empreendedorismo feminino no Brasil tem sido um caminho para mães que enfrentam barreiras no mercado de trabalho, aponta o estudo Empreendedoras e Seus Negócios 2024, do Instituto Rede Mulher Empreendedora. A pesquisa revela que 73% das mulheres que cuidam de seus próprios negócios são mães. Para 68% delas, a maternidade veio antes do negócio, o que, segundo Ana Fontes, reflete a dificuldade de conciliar carreira e maternidade. Os principais desafios incluem equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de dificuldades financeiras, marketing e acesso a crédito. Feita entre agosto e setembro, a pesquisa ouviu 2.141 mulheres.

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