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Confiança da indústria recua pelo terceiro mês consecutivo

Alta dos juros segura custos, mas também contém a atividade. Em médias móveis trimestrais, o ICI caiu 1,0 ponto, segunda queda consecutiva, para 99,7 pontos

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 1,3 ponto em novembro para 98,6 pontos, divulgou nesta quarta-feira (27) a Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,0 ponto, segunda queda consecutiva, para 99,7 pontos.

“A confiança da indústria registrou, em outubro, sua terceira queda consecutiva. O resultado sugere que os empresários estão com cautelosos com o fim do ano, uma vez que a atividade do setor começa a dar sinais de arrefecimento. Tanto expectativa quanto situação atual apresentam pioras disseminada entre os segmentos, ratificando essa sinalização. No cenário macroeconômico, o ciclo de alta da taxa de juros com o intuito de segurar pressões de custos, tende a conter a atividade econômica de um setor que teve a demanda aquecida durante quase todo o ano.”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.

Em novembro, houve queda da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela sondagem. O resultado reflete piora nas avaliações tanto sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) recuou 1,2 ponto, para 101,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4 ponto, para 95,4 pontos.

Entre os quesitos integrantes do ISA, os indicadores que medem o nível de demanda e a situação atual dos negócios recuaram 2,9 pontos cada um, para 102,1 e 101,1 pontos, respectivamente. No sentido contrário, o nível de estoques1 melhorou 2,2 pontos no mês, para 98,3 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

Em relação às expectativas, o indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o que mais contribuiu para a queda do IE, ao recuar 2,8 pontos, para 94,3 pontos, sendo o nível mais baixo desde fevereiro de 2024 (94,3 pontos). Em menor magnitude os indicadores que medem o ímpeto sobre as contratações e a produção prevista caíram 0,8 e 0,7 ponto, para 99,6 e 92,4 pontos, respectivamente. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) caiu 1,0 ponto percentual em novembro, para 81,6%.

(FGV)

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