O Ibovespa fechou em baixa de 1,73% nesta quarta-feira (27), aos 127.668 pontos. O dólar subiu 1,8%, cotado a R$ 5,91 no encerramento – máxima nominal histórica para o a moeda norte-americana desde a criação do real. O recorde anterior foi registrado em 13 de maio de 2020, no auge da pandemia, quando o dólar fechou a R$ 5,90. No cenário doméstico, o mercado repercutiu negativamente o possível anúncio da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, juntamente com o pacote de cortes nos gastos públicos. A expectativa agora é pelo pronunciamento oficial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rede nacional às 20h30 (horário de Brasília). Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a medida de isenção do IR será compensada pela taxação de super-ricos. Em entrevista coletiva em Brasília sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados mais cedo, Marinho também afirmou que o conteúdo do pacote será “completamente diferente” do que vinha sendo ventilado. Em segundo plano, o Brasil abriu 132.714 vagas formais de trabalho em outubro. O dado ficou abaixo dos 200 mil esperados por economistas. Nos Estados Unidos, os investidores repercutiram uma bateria de dados econômicos, na véspera do feriado do Dia de Ação de Graças (Thanksgiving). Entre eles, o índice de preços (PCE) do país – indicador inflacionário preferido do Banco Central dos EUA. A inflação norte-americana subiu 0,2% em outubro, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). Em um ano, o PCE foi a 2,3% e se afastou da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).
As maiores altas foram da Alfa Honding (21,34%) e Agrogalaxy (20,51%). As baixas, Oncoclínicas (-15,06%) e preferenciais da Recrusul (-14,43%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram retração: Hapvida (-5,57%), preferenciais do Bradesco (-2,7%), B3 (-4,13%), CVC (-5,28%) e Ambev (-0,48%). O volume negociado foi de R$ 26,66 bilhões.