Militares também teriam usado servidor no exterior para difundir desinformação
A Polícia Federal suspeita que viaturas do Exército tenham sido utilizadas por militares de Goiânia (GO) durante a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Com isso, o Comando de Operações Especiais, responsável pelos “kids pretos”, abriu uma investigação a respeito.
Segundo a Folha, as suspeitas ocorreram após a PF identificar um veículo realizar os mesmos trechos feitos pelo tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira de Goiânia a Brasília e também no sentido inverso. Ele é um dos integrantes do grupo responsável por planejar a morte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação encontrou no total seis viaturas que fizeram este mesmo trecho. O Exército também analisou os registros da movimentação de armas no 1º Batalhão de Ações de Comando na capital de Goiás, mas não encontrou nada atípico.
A Polícia Federal também suspeita que os investigados utilizaram servidores internacionais para difundir mentiras sobre uma suposta fraude eleitoral. Eles teriam repassado o material para o argentino Fernando Cerimedo que disseminou as informações em uma live no início de novembro de 2022.
Os investigadores também descobriram que o tenente-coronel Mauro Cid usou um telefone com chip dos Estados Unidos para se comunicar com o ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, sobre a preocupação com a apreensão da minuta golpista.