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Cenas de autogolpe e resistência nas ruas de Seul

Presidente coreano Yoon Suk Yeol decretou lei marcial no país nesta terça-feira (3)

Na Coreia do Sul, as ruas da capital Seul se tornaram palco de manifestações após o presidente Yoon Suk Yeol, da direita conservadora, dar um autogolpe ao decretar lei marcial nesta terça-feira (3), anunciando o fechamento do parlamento, a proibição de atividades políticas e o controle sobre a imprensa. Imagens capturadas na capital mostram cidadãos reunidos em atos de resistência, em uma clara demonstração de insatisfação com as medidas autoritárias. A decisão presidencial foi justificada como uma resposta a supostas “ameaças comunistas”, mas tem gerado fortes críticas e apreensão entre a população e observadores internacionais. Yoon alega que a oposição apoia a Coreia do Norte – o que não faz sentido.

O parlamento votou unanimemente contra o decreto em um sessão de emergência, mas para ser legalmente derrubada lei marcial precisa da sanção presidencial. Ou seja, há um impasse que foi acirrado. Yoon Suk Yeol enfrentava sérias resistências no Parlamento para a aprovação do orçamento. Outra razão seria o escândalo de manipulação de resultados da bolsa por parte de sua esposa, Kim Keon Hee – que também aceitou indevidamente um cara bolsa Dior como presente.

Derrotado por pouco na ultima eleição, o líder da oposição, Lee Jae-Myung, tenta comandar a reação. Logo após a decretação, militares tentaram impedi-lo de juntar-se aos colegas da oposição ainda quando estava do lado de fora do prédio do parlamento.

Parece claro que parte da cúpula militar está ao lado do presidente golpista. Porém, a vitória apertada em 2022 e os escândalos seguidos minaram a popularidade de Yoon, que de acordo com instituto Gallup Korea chegou a meros 19% de apoio.

Confira as principais imagens dos conflitos:

https://x.com/eixopolitico/status/1863973865577189546

https://x.com/asunnydisposish/status/1864002282364551494?t=Mk0PlnD2LayFpe_tV4C72Q&s=19

https://twitter.com/republiqueBRA/status/1863985463075246403
https://x.com/BluRoofPolitics/status/1863956396770795686
https://twitter.com/BNONews/status/1863965007991521318?t=8oOKoHGm-UXRYB_wgz39tQ&s=19
https://x.com/b1ue_m1ng/status/1863947345014161553
https://twitter.com/ace_bbh/status/1863982473560154383?s=48&t=KKHR2QrlqSRnETQR72ewhw

O pano de fundo geopolítico é a ampliação do discurso beligerante da inimiga Coreia do Norte, uma ditadura comunista totalitária. A tensão com o vizinho aumentou com o acordo de defesa mútua entre a Rússia, seguido do suposto envio de soldados para atuar no conflito na Ucrânia. O ditador ditador Kim Jong-un explodiu algumas das poucas estradas ligam as Coreias, que são divididas por uma fronteira militarizada.

Aliados, os Estados Unidos afirmam que “monitoram a situação”. A Coreia do Sul – Japão e Taiwan – é um ponto de apoio fundamental na contenção militar da China no Extremo Oriente. Os EUA mantém mais de 20 mil soldados no país, que desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953) viveu sob uma ditadura militar de direita entre 1961 de 1987 – período de forte industrialização, incentivos governamentais, ajuda externa e repressão política.

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