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88% dos municípios de SP estão despreparados para calamidades

Estudo da CNM mostra que apenas dois em cada 10 municípios estão preparados para enfrentar eventos climáticos extremos

O governo de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (4) que apenas 76 dos 645 municípios do estado estão em condições de enfrentar calamidades, como enchentes. A parcela corresponde a 11,7% do total de cidades.

O estudo é da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e mostra que apenas dois em cada dez municípios estão preparados para enfrentar eventos climáticos extremos. O mesmo levantamento evidencia que 44% não possuem setor ou pessoal responsável pelo monitoramento de eventos climáticos e 57% sequer contam com um sistema de alerta para desastres. 

O CNM lidera a criação de um Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres (Conclima). Como medidas contra desastres dessa natureza são de responsabilidade compartilhada entre União, estados, Distrito Federal e municípios, os esforços precisam ser melhor interconectados a partir da base, ou seja, das administrações municipais, onde os gestores conhecem melhor a realidade local.

Os dados foram divulgados durante anúncio de investimentos de R$ 5,5 milhões do governo do estado na contratação de mecanismos capazes de mapear zonas de risco e na elaboração do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil. A intenção é encontrar soluções para atenuar e prevenir desastres naturais com rapidez. O plano foi anunciado no Palácio dos Bandeirantes, durante a divulgação do início da Operação SP Sempre Alerta de Chuvas, que deve vigorar de 1º de dezembro a 31 de março. 

A Operação SP Sempre Alerta de Chuvas designa uma época do ano em que é implementado o monitoramento climatológico ininterrupto, ou seja, 24 horas, e na qual equipes emitem mais alertas e realizam vistorias de campo. As ações educativas, de orientação à população, também são redobradas, com a veiculação de materiais pela TV, pelo rádio, outdoor, panfletos e faixas.

Investimentos

O conjunto de ações soma investimentos de R$ 64,3 milhões. No âmbito da operação, o governo deve colocar em funcionamento novos radares meteorológicos, sendo um deles da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), comprado por R$ 4,4 milhões. As imagens serão transmitidas às autoridades a partir de São José dos Campos. O governo também informou a compra de três novos radares que foram custeados pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

Do montante anunciado, R$ 21,1 milhões foram destinados a 24 obras de reconstrução de moradias e outras edificações de comunidades que perderam tudo em desastres. Outro valor mencionado foram os R$ 12,6 milhões reservados para a preparação de defesas civis municipais.

O governo também disse que pretende criar o Curso Técnico de Agente de Proteção e Defesa Civil. A previsão é de que seja lançado no segundo semestre de 2025 e que as aulas sejam ministradas em duas unidades piloto do Centro Paula Souza.

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