Existe gordofobia rolando solta nas redes, com pessoas acima do peso sendo achincalhadas por internautas sem empatia. Mas a intolerância chega até a quem não pode ser considerado gordo – mas não está com o corpo seco, com índices mínimos de gordura. É o caso da atriz Paolla Oliveira, que enfrenta estocadas toda a vez que posta fotos de biquini. Na semana passada, porém, observamos o outro lado desse preconceito. A atriz Alice Wegmann, que estará no remake de “Vale Tudo”, como a jornalista vivida na trama original por Lídia Brondi, postou fotos na rede caracterizada como a personagem – e levou uma saraivada de críticas.
Os internautas se queixaram de seu visual. Segundo eles, Alice estaria “muito magra” e que, por isso, deveria ter tomado Ozempic. Vários comentários e alguns impropérios foram postados sobre a suposta magreza da atriz que, diga-se de passagem, não está muito diferente de sua última atuação, como Lillian Vasconcelos, que foi casada com Ayrton Senna, na série da Netflix sobre o piloto de Fórmula-1. O mesmo ocorreu com a atriz Lily Collins (imagem), que vive a personagem principal na série “Emily in Paris”, da Netflix.
Afinal, qual é o maior pecado? Estar gordo ou magro?
Hoje, as celebridades têm um papel involuntário nas redes: elas existem para ser homenageadas ou detonadas a cada aparição no mundo digital. Com base nisso, seus detratores são cruéis e rancorosos. Nos anos 1970, o máximo que poderia acontecer seria alguém mandar uma carta para as revistas de fofocas, se queixando de um determinado artista – ou falar com os amigos. Dificilmente haveria quem pudesse alcançar muita gente com seus queixumes.
As redes, no entanto, deram vazão a todo o tipo de rancor ou inquietude, sem falar nos mais profundos preconceitos destilados pela raça humana. Mas, por enquanto, vamos deixá-los de lado e nos concentrar apenas naqueles que tem a ver com o peso das pessoas.
A gordofobia é um preconceito praticado há séculos. O gordo geralmente é percebido rapidamente e perseguido sem dó nem piedade. Magros perseguem gordos desde que o mundo é mundo. Mas também existem gordos que fazem marcação pesada em cima de quem ficou engordou. Vai entender.
Mas a manifestação explícita de “magrofobia” me surpreendeu. Parece que tudo é motivo para falar mal de alguém, até uns quilinhos a menos. A atriz não está esquelética, apenas apresenta um rosto mais fino, Isso é motivo para criticarmos a forma física da moça? Claro que não.
Daqui a pouco vamos ver indivíduos criticando gente bonita por conta do excesso de beleza dessas pessoas. Calma lá, pessoal. Para tudo há limite.
Uma resposta
Não faz muito tempo, eu tive a pachorra de dar uma “stalkeada” nos perfis destas pessoas que demonstram “ódio gratuito” em suas manifestações. De assuntos diversos. São, via de regra, pessoas que tem pouquíssimas publicações; quando o fazem, se expressam mal, errado, tem um conteúdo “rasteiro “, um linguajar pobre, e, a quase totalidade, um número bem pequeno de seguidores. Claro que existem exceções. A real é que as redes deram voz a “qualquer um”. E, “cada um”…”fala o que quer”.