O Ibovespa fechou em baixa de 3,15% nesta quarta-feira (18), aos 120.771 pontos. O dólar subiu 2,82%, cotado a R$ 6,26 no encerramento – quebrando o recorde da sessão anterior, no maior valor nominal de da história. Ao longo da sessão, o câmbio superou a cotação de R$ 6,27 pela primeira vez desde a criação do real, em 1994. No cenário doméstico, os investidores seguiram avessos ao risco de olho na tramitação do pacote fiscal no Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Banco Central e o Tesouro Nacional têm atuado para coibir eventuais movimentos especulativos de mercado, defendendo que há consistência no trabalho do governo na área fiscal. O chefe da pasta econômica declarou que o Congresso deve finalizar nesta semana a votação de medidas de contenção de gastos e se mostrou confiante de que não haverá desidratação das iniciativas – motivo que tem elevado o temor dos investidores nos últimos dias. Por trás do pessimismo do mercado está uma enorme desconfiança no compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, com analistas afirmando que o pacote fiscal não seria suficiente para enfrentar uma crise de credibilidade do Executivo. Nos Estados Unidos, os investidores reagiram à decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed) de cortar os juros em juros 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50% — como o esperado. Mas o Banco Central norte-americano reservou uma surpresa de fim de ano: a previsão de apenas dois cortes, de 25 pontos-base cada, em 2025 – segundo o gráfico de pontos (dot plot). Isso representa 50 pontos-base a menos do que as autoridades previam em setembro.
As maiores altas foram da Inepar (12,4%) e preferenciais da Bardella (12,08%). As baixas, Automob (-32%) e CVC (-17,65%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram retração: Hapvida (-6,14%), Automob (-32%), B3 (-2,27%), Cogna (-9,17%) e preferenciais do Bradesco (-4,34%). O volume negociado foi de R$ 33,97 bilhões.