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Avião solar autônomo da BAE voa por 24 horas na estratosfera

Durante o teste mais recente, o Phasa-35 alcançou mais de 20 mil metros de altitude. Aparelho pode se tornar uma alternativa menos custosa que lançar satélites de comunicação

A BAE Systems deu mais um passo com seu Phasa-35, aeronave autônoma movida a energia solar. Desenvolvido e construído pela subsidiária Prismatic, em Alton, Reino Unido, esse sistema aéreo não tripulado (UAS) completou testes promissores no Campo de Mísseis de White Sands, no Novo México (EUA). Os resultados indicam que a permanência na estratosfera por longos períodos com este tipo de aparelho abre possibilidades mais baratas que o lançamento de satélites orbitais de telecomunicações. Além de sustentar redes 4G e 5G, o UAS podem ser útil em operações civis de socorro a desastres e proteção de fronteiras.

No teste mais recente divulgado pela BAE, cuja data não foi divulgada, o Phasa-35 operou por 24 horas, alcançando mais de 66 mil pés (20.117 metros) de altitude, cruzando a estratosfera 8 quilômetros acima das rotas mais elevadas dos aviões de carreira. Após o voo, a aeronave voltou às condições de decolagem em apenas dois dias.

Phasa-35 em aproximação de uma das pistas de White Sands, no deserto do Novo México (EUA), após operar 24 horas em modo autônomo

Com 35 metros de envergadura e 150 quilos de peso, o Phasa-35 foi projetado para operar acima das turbulências climáticas corriqueiras, em áreas onde as temperaturas flutuam entre -50ºC e 10ºC. Além das missões civis, sucessores do protótipo devidamente equipados com sensores teriam condições de completar missões militares de longa duração para vigilância, inteligência, reconhecimento de terreno em tempo real e captação de dados eletrônicos. Os testes foram coordenados pelo Naval Surface Warfare Center, sob patrocínio do Centro Técnico do Comando de Defesa Espacial e de Mísseis do Exército dos EUA.

Desta vez, o UAS britânico transportou um rádio por software que pesava mais que o dobro (15 quilos) da carga útil dos voos anteriores. A melhora foi possível por causa de aprimoramentos que dobraram a capacidade de geração e armazenamento de energia por captação solar. Os novos dispositivos permitem que células recarregáveis de alto desempenho mantenham o voo noturno. A equipe espera que a aeronave possa realizar missões estratosféricas mais longas e complexas a partir de 2025.

Bob Davidson, CEO da Prismatic, destacou: “Estamos acelerando o desenvolvimento para que a aeronave esteja pronta para operações a partir de 2026”.

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