Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Hospital Albert Einstein produzirá energia própria com a Engeform

O projeto tem como objetivo suprir cerca de 60% do consumo total de energia do hospital, resultando em uma redução de 21% nas suas emissões de gases do efeito estufa

O Hospital Albert Einstein deu um passo significativo em direção à sustentabilidade e à redução de suas emissões de gases de efeito estufa ao firmar uma parceria com a Engeform Energia, especializada em soluções renováveis. A colaboração resulta na migração do hospital para o modelo de autoprodução de eletricidade, com participação acionária na usina e outorga para a produção de energia destinada ao uso exclusivo da instituição. A informação é do Valor Econômico.

O contrato de autoprodução, com duração de 15 anos, está vinculado ao complexo eólico Serra das Vacas, localizado em Pernambuco. Esta iniciativa marca um avanço importante para o setor de saúde, que até então se mantinha à margem de modalidades de contratação de energia, predominantemente adotadas por empresas de alto consumo energético.

Com 40 gigawatt-hora (GWh) de consumo anual, o Einstein abrange suas 80 unidades, incluindo redes de saúde públicas e privadas, além de seu grupo de ensino, pesquisa e inovação. Essa quantidade de energia é equivalente ao consumo anual de uma cidade de 50 mil habitantes.

Descarbonização e sustentabilidade

O projeto tem como objetivo suprir cerca de 60% do consumo total de energia do hospital, resultando em uma redução de 21% nas suas emissões de gases do efeito estufa. Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein, destacou que a iniciativa faz parte do plano de descarbonização da instituição, alinhado aos compromissos da Agenda 2030 e às metas de ESG para o período 2023-2028.

“Estamos avançando na transição energética, adotando diversas práticas, como o uso de energia renovável e a instalação de placas solares em nossas unidades. A parceria com a Engeform é uma oportunidade de ampliar o uso de fontes renováveis em nosso consumo energético”, afirmou Klajner.

A atuação do Einstein reflete uma crescente preocupação com os impactos do aquecimento global, que podem resultar, até 2030, em 250 mil mortes anuais relacionadas a doenças como desnutrição e malária.

Vantagens econômicas

Além do benefício ambiental, o modelo de autoprodução traz vantagens econômicas significativas. No Brasil, consumidores do mercado regulado pagam em média mais de R$ 700 por megawatt-hora (MWh) sem tributos. Já consumidores livres têm uma tarifa 30% mais baixa, e aqueles que adotam fontes de energia incentivadas, como eólica e solar, podem obter descontos superiores a 40%.

A economia gerada pelo modelo de autoprodução para o Hospital Einstein será de aproximadamente R$ 4 milhões por ano. No entanto, Klajner ressaltou que esse valor será reinvestido em projetos institucionais, considerando o caráter filantrópico da organização.

Inovação no setor de energia

A Engeform, responsável pelo investimento no parque eólico, firmou um contrato de locação com o Einstein, diluindo o pagamento ao longo do tempo. Gilberto Feldman, CEO da Engeform, e Bruno Santo, diretor de comercialização de energia, destacaram que a empresa venceu uma concorrência para fornecer energia ao hospital, e que o interesse do Einstein vai além do benefício econômico, com foco na descarbonização de suas operações.

“Essa é uma das primeiras grandes redes de hospitais no Brasil a adotar esse modelo de negócio, que tradicionalmente é utilizado por grandes consumidores de energia, como mineradoras e siderúrgicas”, afirmou Feldman.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.