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Explosão de bilionários: quase 4 novos a cada semana em 2024

O número subiu de 2.565 em 2023 para 2.769 no mundo; já o número de pessoas vivendo na pobreza permanece praticamente inalterado desde 1990

Quase quatro novos bilionários surgiram a cada semana em 2024, segundo um relatório da Oxfam, organização internacional dedicada ao combate à pobreza. De acordo com o levantamento, o número de bilionários no mundo subiu de 2.565 em 2023 para 2.769 em 2024.

Os dados fazem parte do estudo “Às Custas de Quem: A Origem da Riqueza e a Construção da Injustiça no Colonialismo”, divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, que acontece esta semana na Suíça. O relatório também aponta que, no mesmo período, a riqueza dos bilionários cresceu US$ 2 trilhões, equivalente a US$ 5,7 bilhões por dia – três vezes mais rápido do que o aumento registrado em 2023.

Impactos e desigualdade global

A Oxfam alerta que, enquanto as fortunas crescem em ritmo acelerado, o número de pessoas vivendo na pobreza permanece praticamente inalterado desde 1990, segundo dados do Banco Mundial. O relatório destaca que a desigualdade continua sendo um problema central, com os dez homens mais ricos do planeta acumulando, juntos, uma média de quase US$ 100 milhões por dia em 2024.

Mesmo que perdessem 99% de suas fortunas, esses indivíduos ainda permaneceriam bilionários, segundo a análise.

Destaques do relatório
  • A riqueza combinada dos bilionários subiu de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões em 2024, o segundo maior aumento anual já registrado pela Oxfam.
  • É previsto que o mundo terá pelo menos cinco trilionários dentro de uma década.
  • Cerca de 60% da riqueza dos bilionários atuais é originada de heranças, monopólios ou conexões políticas.
  • Países do Norte Global, como EUA, Reino Unido e França, controlam 69% da riqueza mundial e abrigam 68% dos bilionários, embora representem apenas 21% da população global.
  • Trabalhadores de países de baixa e média renda, que correspondem a 90% da força de trabalho global, recebem apenas 21% da renda mundial.

Desafios estruturais

O relatório denuncia ainda a concentração de riqueza e poder no Norte Global em detrimento do Sul Global. Por exemplo, os salários em países de baixa renda são, em média, 87% a 95% menores do que os de trabalhadores em condições equivalentes no Norte Global. Além disso, governos de países menos desenvolvidos gastam quase metade de seus orçamentos nacionais no pagamento de dívidas, muitas vezes destinadas a credores ricos em Nova York e Londres.

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